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sexta-feira, 30 de agosto de 2013

BIBLIOTECA VIRTUAL, TODAS AS OBRAS DA CODIFICAÇÃO ESPÍRITA E TODOS OS LIVROS DE CHICO XAVIER PARA BAIXAR:




Chico Xavier
Coleção Completa

Lista de obras em ordem cronológica
Lista de obras em ordem alfabética
Lista de obras por autor espiritual

Allan Kardec





O Livro dos Espíritos
Com esta obra, a 18 de abril de 1857, raiou para o mundo a Era do Espírito. O Livro dos Espíritos é o código de uma nova fase da evolução humana e sobre ele ergue-se todo um edifício: o da Doutrina Espírita.




O Evangelho Segundo o Espiritismo
Esta obra é para o uso de todos. Qualquer um pode tirar dela os meios de adequar sua conduta à moral do Cristo. Os espíritas encontrarão nela as aplicações que lhe dizem respeito mais especialmente. As instruções dos Espíritos são verdadeiramente as vozes do Céu que vem esclarecer os homens.




O Livro dos Médiuns
Apresentado por Kardec como continuação de O Livro dos Espíritos.
É o segundo volume da Codificação do Espiritismo e desenvolve a parte prática da doutrina.




A Gênese
Obra de caráter científico e filosófico, é dividida em 2 partes: A primeira, detalha a criação tanto material quanto orgânica e espiritual; a segunda parte trata de Jesus, dos milagres e das predições.




O Céu e o Inferno
"As penas e gozos segundo o Espiritismo".Traz o aprofundamento de alguns conceitos cristãos, segundo a ótica espírita: A vida após a morte, o Céu, o Inferno, o Purgatório e a Justiça Divina.




O que é o Espiritismo
Esta obra, refere-se às noções elementares do mundo invisível pelas manifestações do espírito e contém o resumo dos princípios da Doutrina Espírita e respostas às mais notórias objeções.




Obras Póstumas
Este livro representa o testamento doutrinário de Allan Kardec. Reune os seus derradeiros escritos e as anotações íntimas, destinadas a servir mais tarde para a elaboração da História do Espiritismo.






VISÃO ESPÍRITA
DA BIBLIA







VIAGEM ESPÍRITA
EM 1862






RESUMO DAS LEIS DOS FENÔMENOS ESPÍRITAS






O ESPIRITISMO EM SUA
MAIS SIMPLES EXPRESSÃO




































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O Consolador
Revista Semanal de Divulgação Espírita

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

COMO É VIVER COM A PERDA DE UM FILHO!!!


Meu filho partiu deste mundo há dois anos e 43 dias. Nenhuns destes dias se passaram sem que pensasse nele, seja vendo alguma cena, ouvindo alguma musica, vendo ele em alguém, enfim, ele sempre está presente de uma forma ou de outra. Muitas vezes, bate uma saudade intensa, no entanto, esta sua presença no pensamento, nos sentimentos não me faz desanimar de seguir em frente. Não me deixa parar na beira do caminho, não me faz parar de viver este presente me dado que é a vida, pelo contrário, é uma lembrança, ainda que nostálgica, que seja dolorida me faz sentir bem, pois, somente, lembramo-nos de pessoas as quais moram dentro de nós e que não queremos de forma alguma as esquecer. Somente vivem em nossos sentimentos aqueles que fazem parte de nossa vida, de nossa história e como tal, elas sempre surgem no pensamento e de alguma maneira nos envolve em emoções.


Não posso falar pelos outros, mas, acredito que estas palavras devem expressar os mesmos sentimentos daqueles que perderam também filhos. Às vezes, até me sinto egoísta, pois meus pais já se foram e a saudade deles, embora, seja grande, mas é incomparável a do meu filho, talvez, seja porque somos emocionalmente, espiritualmente preparados para que eles se vão antes de nós.


O que vejo é que com o passar do tempo, ainda que, como colocado, todos os dias meu filho está em meu pensamento e muitas vezes durante o dia, o coração vai sendo acalentado e esta falta torna-se menos dolorida, talvez seja porque acostumamos com a dor, com a ausência e assim, aprendemos a conviver com ela de maneira menos traumática ou também, pela fé de acreditar na eternidade sentimos a presença de Deus que vem transformar esta dor em esperança.





Ataíde Lemos
Escritor & Poeta

O QUE A CIÊNCIA NÃO EXPLICA SOBRE O OUTRO LADO DA VIDA!!!


Interessante, a ciência e muitos cientistas ateus procuram sempre encontrar uma resposta para os fenômenos sobrenaturais, ou seja, fenômenos que não são conhecidos de maneira absoluta, mas sim, apenas explanados de formas teóricas.


Um destes fenômenos são as experiências espirituais que muitos relatam após terem passado por estados quase morte por meio de uma parada cardíaca e depois voltados. O interessante é que estes relatos são sempre idênticos, apenas com detalhes aqui acolá diferentes.


Porém, gostaria de ater a outro fenômeno interessante que comumente ocorrem antes das pessoas morrerem. É muito comum, pessoas antes de falecerem seja por uma doença ou mesmo por um acidente ou qualquer outro tipo que o leve a óbito, relatar sonhos com pessoas que já morreram. Isto é comum. Acredito que todos nós já presenciamos histórias contadas por falecidos que dias que antecederam suas mortes sonharam com pais, filhos, irmãos que já se foram como que tais sonhos fossem chamados deles ou uma maneira de acolhida por estes entes falecidos. Estes sonhos, estas visões acabam de certa forma, aliviando o sofrimento e muitos falecem em paz.


Além destes fenômenos ocorridos com os que morreram muitas vezes, nós sempre de alguma forma somos avisados quando acontecerá o falecimento de uma pessoa próxima de nós. Quantas e quantas vezes, ouvimos relatos de pessoas que dizem ter sonhado algo triste e de repente, no outro dia, recebeu a noticia do falecimento de uma pessoa próxima? Acredito que já aconteceu conosco, pelo menos, comigo já acorreu por varias vezes.


Também, um fenômeno que ocorre comumente é quando está para acontecer algo trágico com alguém do nosso meio, muitas vezes, nossos corpos e emocional reagem de forma a nos preparar para algo sem mesmo entendermos. Este tipo de fenômenos é comum ouvirmos. Parece que se antever que algo ruim vai ocorrer.


No dia que meu filho faleceu eu acordei mal, lembro-me que disse a minha esposa, não estou bem. Estou sentindo uma dor estranha no peito, uma profunda tristeza interior, passou-se duas horas de ter dito para ela, recebi a noticia que meu filho havia sofrido um acidente e estava morto.


Por que falar sobre isto? Porque há um abismo enorme entre o nosso conhecimento e os fenômenos sobrenaturais. A ciência jamais explicará o sobrenatural, porque ela trabalha com o palpável. Ela não explica o espiritual. Não explica o que está além do seu conhecimento. Ela não tem material psíquico substancial para explicar o que está fora do alcance dela. No entanto, todos já experimentaram – ou a imensa maioria – situações que fogem a lógica humana, mas que facilmente é plausível pela fé e isto vem reforçar uma vida além desta a qual não temos nenhum conhecimento a não ser os que as diversas crenças retratam e uma delas a que eu creio é que Jesus nos passou, inclusive, estando conosco por 40 dias após sua morte.


Ataíde Lemos

O QUE DIZER NESTAS HORAS!?


O que dizer aos pais que perdem filhos quando você já passou pela mesma experiência de dor? Alias não passou, mas sim passa, pois a perda de um filho é uma dor e saudade eterna. Evidentemente, com o tempo a dor se diferencia daquela do ato da perda, mas, torna-se um espinho que fica na alma e que volta e meia dá suas agulhadas nos provocando dores.


Certamente, não encontramos palavras a não ser um olhar profundo, um abraço apertado, assim como Deus nestes momentos faz conosco. No seu silêncio profundo, Ele nos ouve, sente nossa dor e nada responde a não ser nos acolher com seu amor de pai.


Tudo que pensarmos em falar será pouco diante tamanha dor, talvez este também deva ter sido o silencio daquele apostolo (João) que estava junto com Maria aos pés da cruz, apenas abraçando-a, enquanto, ela sofria ao ver seu filho agonizando e morto na cruz.


O silêncio são as melhores palavras que podemos dizer nestas tristes horas. O abraço é o mais sincero sentimentos que possamos expressar e compartilhar com um pai, com uma mãe num momento de extrema dor nestas horas tão dolorosa.


Neste momento de dor os pais estão perdidos, perplexos sem entender, sem querer aceitar tamanho acontecimento. Com um coração pequenino, diante uma tragédia que lhe abala suas estruturas físicas, emocionais e espirituais. Talvez seus olhos ceguem para todos ali que estão presentes e em sua mente apenas o olhar no filho.


A perda é um sentimento traumático, principalmente, quando é de um ente que faz parte da nossa existência. Quando é de alguém que está intrinsecamente dentro de nós, ainda que creiamos na vida após a morte, a separação física não deixa de ser um sentimento de perda.


Às vezes, muitos na ânsia de nos confortar, consolar nos trazem palavras de esperança de fé, usando frases bíblicas. Certamente, estas frases ditas por Jesus nos confortam, no entanto, é preciso dizer que mesmo Jesus sendo a ressurreição e a vida ao ver seu grande amigo morto e sentindo a dor de suas irmãs chorou. Não foi um choro falso, mas sim, um sentimento de compaixão por aquelas mulheres que estavam ali completamente perdidas, desconsoladas e tristes pela morte do irmão.


Enfim, nossa atitude diante uma mãe, um pai nestas horas tão dolorosas nossa atitude deve ser de compaixão, de sentir em nós esta mesma dor e através de gestos e poucas palavras demostrar toda nossa solidariedade, todo nosso sentimento de amor para com estes e assim, a nossa ternura e calor agasalhem estes corações dilacerados.


Ataíde Lemos

EU TE AMO MEU FILHO!!!


Eu te amo
até na dor da saudade
que sua ausência
impiedosa causa em mim
Indelével me açoita
machuca minha alma
nas horas silentes
que se arrastam devagar
Saudade ensandecida
vagueia poetando a esmo
chorando pelos cantos
te busca na escuridão
A noite fria e triste
avança meio esmaecida
pela madrugada gélida
vazia e insone sem ti

( Van Albuquerque )

CARINHO INESQUECÍVEL RECEBIDO DA AMIGA NINNA ANGEL, FIQUEI SEM PALAVRAS...


Querida Amiga Adriana!
São 18:00 horas!
Hora em que todos os Anjos se reúnem com a Virgem Maria,
em orações para juntos orarem por nós.
E nesta hora venho te fazer um carinho,
e que Nossa Mãe junto com os Anjos,
possam abrandar teu coração, 
pelas saudades do Teu Beija-Flor.
Carinhosamente,
Ninna Angel






PERDA DE ENTES QUERIDOS, PALESTRA VIRTUAL:


Perda dos Entes Queridos

Palestra Virtual
Promovida pelo Canal #Espiritismo
http://www.irc-espiritismo.org.br

Palestrante: Mauro Operti
Rio de Janeiro
08/05/1998
Organizadores da palestra:

Moderador: "Macroz" (nick: |Moderador|) "Médium digitador":" jaja" (nick: Mauro_Operti)
Oração inicial:

<Canalhag> Senhor Jesus, Pai amantíssimo, agradecidos estamos pela oportunidade do aprendizado, do esclarecimento. Pedimos aos amigos do plano espiritual que envolvam a todos em paz, e dedicação ao estudo, hoje dirigido pelo Mauro Operti. Que a palestra de hoje seja, principalmente, de ações em cada dia de nossa presente encarnação. Que a eterna luz do mestre evolva em paz e harmonia ao nosso irmão Mauro Operti. Assim sendo, pedimos a autorização do Pai para o inicio dos trabalhos na noite de hoje. Que assim seja!
Considerações iniciais do palestrante:

<Mauro_Operti> Para entender a atitude dos espíritos diante da perda de entes queridos, é preciso entender a visão espírita da morte. O que é a morte para o espírita? Em primeiro lugar, a destruição do corpo físico, que é um fenômeno comum a todos os seres biológicos. Além disto, a morte é um instante em meio a um caminho infinito. Em terceiro lugar, a morte é uma transição e não um ponto final. Há que se considerar também que o espírito está permanentemente em processo de crescimento e renovação e a morte é a forma de forçar esta renovação, mudando ambientes e projetos de vida. Esta visão um tanto pragmática e aparentemente fria da morte não exclui a existência de sentimentos e emoções, porque tanto quanto sentimos mais ou menos fortemente a separação geográfica entre duas pessoas e ansiamos por reencontrarmos aqueles que estão longe, assim também ansiamos por ter novamente conosco os que se foram. Mesmo na vida física há separações que são traumáticas, longas e às vezes definitivas. Na morte, então, a saudade, a vontade de ter outra vez aquele que se foi é perfeitamente natural, compreensível, mas a certeza da retomada do afeto e de projetos comuns no futuro é profundamente consoladora e faz com que a esperança possa ser tranqüila e confiante. (t)
Perguntas/Respostas:

<Moderador_> [1] <jaja> Por que é tão doloroso ainda para nós o fenômeno da morte física, com a separação dos entes que amamos?

<Mauro_Operti> Exatamente porque os amamos, queremos tê-los continuamente junto a nós. Isto não precisa de explicação, é natural. Vivemos em função dos outros. Tudo o que fazemos na vida tem como referência o outro. Se o outro que amamos se vai, como não sentir? (t)

<Moderador_> [2] <SantosBA> Perdi minha tia-avó há mais de um ano e até agora não sonhei com ela. Isto sinaliza que ela está bem no outro mundo?

<Mauro_Operti> Há muitas razões, a maior parte delas de difícil identificação para que a comunicação entre os desencarnados e os encarnados não se estabeleça. Não temos informação precisa sobre o que um espírito desencarnado está fazendo, qual a sua disposição atual, quais os seus deveres atuais, porque o modo pelo qual os espíritos vêem os problemas não é o mesmo pelo qual nós os vemos. Sendo assim, não temos como avaliar, com certeza, uma situação deste tipo. Por outro lado, as nossas atividades fora do corpo, pelo sono, nem sempre, ou quase nunca, são registradas pelo nosso cérebro físico. Muitas vezes, temos atividades durante o sono que não lembramos, mas que são registradas por outras pessoas, às vezes por mais de uma simultaneamente, o que constitui uma evidência de que realmente estávamos fora do corpo, realizando alguma tarefa. Nem sempre, como dissemos, o cérebro físico é capaz de transmitir as experiências vividas quando fora do corpo. Então não é impossível que você já tenha estado com a sua tia-avó sem que se lembre do que se passou. Será que você já não acordou alguma vez com a sensação de ter estado com a sua tia-avó, sem ter sonhado especialmente, ou com uma sensação indefinível, com uma lembrança qualquer dela? (t)

<Moderador_> [3] <lema> É licito procurarmos o contato com entes que partiram, já que a morte não é o fim?

<Mauro_Operti> Perfeitamente, desde que a nossa atitude mental e as nossas emoções estejam equilibradas. Por outro lado, toda vez que tentamos o contato com o mundo espiritual, temos que ter certeza de que os meios de que dispomos (ambiente, médiuns, etc.) sejam apropriados para a nossa intenção. De qualquer modo, temos que ser prudentes quando intentamos qualquer contato com o mundo espiritual. E mesmo que a nossa intenção seja boa, ou a nossa saudade muito grande, as leis da comunicação mediúnica continuam em vigência. Mas, de qualquer modo, se a misericórdia divina nos forneceu os meios de comunicação, é perfeitamente razoável buscarmos o contato com aqueles que nós amamos. Quem não anseia uma palavra do afeto que está longe? É profundamente consoladora esta certeza.(t)

<Moderador_> <cacs> Boa noite amigo Mauro. O que o amigo diria as pessoas que buscam o centro espírita com profundo desejo de receberem uma mensagem de um ente querido que já partiu ?

<Mauro_Operti> Em primeiro lugar, estar avisado de que este contato nem sempre é possível. Às vezes, passam-se meses ou anos antes de conseguirmos uma palavra ou uma mensagem. Nem os médiuns, nem os espíritos estão obrigados a nos dar a resposta que queremos. Se a misericórdia divina permitir, receberemos, como muitos que já receberam. As evidências para alguns de nós são numerosíssimas, como é o meu próprio caso. Eu não tenho como negar o fato da sobrevivência pelo muito que já vivenciei ou já presenciei. (t)

<Moderador_> [5] <mei> Qual a garantia de estarmos nos comunicando com nossos verdadeiros entes?

<Mauro_Operti> As evidências para a comunicação entre mortos e vivos são de dois tipos: são subjetivas ou objetivas. As evidências objetivas são confirmações externas, através de fatos objetivos que deixam motivo para muito poucas dúvidas. É claro que, como acontece com a própria pesquisa científica, sempre se pode levantar hipóteses explicativas para os fenômenos. O que se faz é levar em conta a soma de evidências que levam quase sem deixar dúvidas a se aceitar que o fenômeno foi genuíno. Mesmo na pesquisa científica, isto também acontece. Na realidade, nada é definitivamente provado em ciência. Mas, para muitas coisas, o peso das evidências a favor de uma determinada explicação é tão grande que, do ponto de vista prático, é como se estivesse provado. Assim também com os fatos mediúnicos. Mas existem também as evidências subjetivas, e essas são pessoais e intransferíveis. Eu não posso provar a uma outra pessoa que sonhei com um ente querido e que isto significa que eu realmente estive com ele, mas, interiormente, eu tenho certeza pelo realismo das cenas vividas oniricamente e por detalhes que me trazem uma certeza interior que não pode ser transferida. E quando isto acontece não me importa absolutamente o que o outro possa pensar da minha experiência. (t)

<Moderador_> [6] <Wania> Mauro, as perdas vivenciadas por qualquer encarnado (fim de relacionamentos de amizade, desafetos, decepções, etc... ), quando acompanhados de sentimento de resignação e capacidade de perdão, podem se tornar um aprendizado, um "treinamento", que nos levariam a entender melhor a "perda dos entes queridos"?

<Mauro_Operti> Certamente, porque é o aprendizado da renúncia, a certeza de que não somos donos de nada, nem de ninguém e que o que temos num certo momento nos pode ser tirado no outro e continuamos vivendo e continuamos lutando sempre com a visão do futuro. (t)

<Moderador_> [7] <Canalhag> O ente desencarnado assiste ao seu velório? Assim sendo, qual sua postura diante da demonstração de dor dos entes encarnados?

<Mauro_Operti> Nem sempre. Vai depender do próprio espírito e da assistência por parte dos seus amigos espirituais. Às vezes, ele não tem condições emocionais e está tão desarvorado que deve ser afastado do local. Outras vezes o seu estado de perturbação é tal que ele não tem consciência do que se está passando. Mas, muitas vezes, isso é possível. (t)

<Moderador_> [8] <Canalhag> A vontade de ver o ente que se foi, a saudade, não "atrai" o espirito do parente querido desencarnado? Isto pode levar a uma obsessão?

<Mauro_Operti> Depende do estado mental e emocional que acompanha esta vontade. Também depende das condições do espírito desencarnado, mas não há perigo em pensarmos com saudade nos nossos afetos desencarnados. Isto é uma expressão do carinho e da afeição que une dois seres. Como proibir? Seria, no meu modo de ver, uma falha das Leis Divinas não deixar que nos lembremos com carinho daqueles que se foram. (t)

<Moderador_> [9] <SHIVA_HAMMER> Gostaria muito de saber como é a situação de meus entes queridos, porém acho ousadia de minha parte procurar o centro para evocarem os espiritos. Como proceder? Como saber se eles estão bem, ou o melhor a fazer é ficar na dúvida?

<Mauro_Operti> Rezar, pedir a Deus que lhe permita sentir o carinho daquele de quem você gosta, certamente, não é proibido pelas Leis Divinas. Com o tempo e a prática aprendemos a nos dirigirmos mentalmente àqueles de quem gostamos e as evidências subjetivas que colhemos desses contatos nos dão a certeza de que realmente estivemos com eles. Mas é preciso aprender a fazer as rogativas mentais com tranqüilidade, confiança e a certeza da assistência espiritual de nossos guias. Peçamos a Jesus acima de tudo e esperemos com serenidade! (t)

<Moderador_> [10] <Erni> Raramente, mas raramente mesmo, sonho com meu pai, que ja se foi há 21 anos. Me sinto culpado!!! Culpo minha falta de mediunidade, ou seria sensibilidade. Pergunto: reforçando a pergunta do Santos: Será que meu pai já tentou se comunicar comigo, seja por sonho, ou qualquer outra forma de comunicação e por minha falta de sensibilidade não consegui a sintonia??

<Mauro_Operti> Não é preciso ter uma sensibilidade especial para recebermos ondas mentais provenientes de qualquer fonte. Estamos permanentemente absorvendo mensagens, propositais ou não, vindas de encarnados ou de desencarnados. Como eu disse anteriormente, diagnosticarmos, com certeza, as causas da falha de comunicação é extremamente difícil. (Mas veja o que respondi acima em outra pergunta) (t)

<Moderador_> [11] <Macroz> Que mensagem daria para as pessoas que perderam seus entes queridos, e acreditam que nunca mais irão encontrá-los?

<Mauro_Operti> Para estas pessoas eu diria que Deus não cometeria esta maldade de separar definitivamente dois seres que se amam. A essência da vida é o outro. Por que Deus juntaria num breve tempo de uma existência duas criaturas que se sentem felizes de estar juntas e depois as separaria pela eternidade? A certeza da sobrevivência que a prática espírita garante às criaturas está acompanhada da certeza da reunião daqueles que se amam depois da perda do corpo físico. Esta é a maior consolação que poderíamos desejar, mas não é só uma consolação piedosa, é uma certeza proveniente da vivência que aos poucos vai nos tornando mais seguros e menos propensos às crises de ansiedade e aflição que são tão comuns às pessoas, hoje em dia. Temos certeza e sabemos, não apenas acreditamos. (t)
Considerações finais do palestrante:

<Mauro_Operti> A visão espírita da morte é única e singular entre as doutrinas religiosas. É bom conhecê-la e vivê-la para ficarmos mais tranqüilos com relação ao problema da morte que é a questão mais importante da vida. (t)
Oração final:

<CY-FELIZ> Queridos amigos, vamos agradecer esses momentos que estivemos aqui juntos, aprendendo, tirando nossas dúvidas. Que nosso Pai maior ilumine a todos e nosso amigo que aqui veio trazer seus conhecimentos a nós, dando a todos a paz serenidade, aceitando que um dia todos estaremos reunidos novamente, pois tudo será uma passagem. Que Deus nos dê a luz e que possamos todos enfrentar a ida de nossos amigos e parente com calma e resignação. Que assim seja, Pai!!!

UMA NOVA VISÃO DA MORTE, PALESTRA VIRTUAL:


Uma Nova Visão da Morte
16º Encontro Sobre “O Livro dos Espíritos”

Palestra Virtual
Promovida pelo Canal #Espiritismo
http://www.irc-espiritismo.org.br
e pelo Centro Espírita Léon Denis
http://www.celd.org.br

Palestrante: Paulo Nagae
Rio de Janeiro
07/03/2000
Organizadores da palestra:

Moderador: “_Stone_” (nick: [Moderador])

“Médium digitador”: “Wania” (nick: Paulo_Nagae)
Oração Inicial:

<[Moderador]> Mestre Jesus, divino e amado, mais uma vez te agradecemos pela oportunidade de, num momento em que irmãos nossos se encontram em lugares menos felizes, com sentimentos menos felizes, estarmos aqui fazendo força para domar as nossas imperfeições, nós, imensos devedores que somos, e buscando o aprendizado e o crescimento, buscando ser pequenos pontos de luz numa época em que muitos se perdem em pensamentos trevosos de vingança, sensualismo, perversão. Com a exata noção de que não somos melhores que ninguém e em teu nome, em nome dos amigos espirituais que auxiliam e coordenam este trabalho, sobretudo em nome de Deus, iniciamos mais um momento de trabalho na tarde de hoje. Fique conosco, hoje e sempre. Muito precisamos de ti, Mestre! Que assim seja!
Considerações Iniciais do Palestrante:

<Paulo_Nagae> Boa tarde, amigos. Vamos estudar a morte, sob a visão espírita. Para começar, observemos a seguinte questão de “O Livro dos Espíritos”:

934 – “A perda dos entes que nos são caros não constitui para nós legítima causa de dor, tanto mais legítima quanto é irreparável e independente da nossa vontade?”

Os espíritos respondem: “Essa causa de dor atinge assim o rico, como o pobre: representa uma prova ou uma expiação, e comum é a lei. Tendes, porém, uma consolação em poderdes comunicar-vos com os vossos amigos pelos meios que vos estão ao alcance, enquanto não dispondes de outros mais diretos e mais acessíveis aos vossos sentidos.

Como podemos observar, a Morte de um ente querido é um tipo de dor legítima que pode atingir a qualquer um de nós. A Doutrina Espírita nos sinaliza com a possibilidade de comunicação com os que desencarnaram, o que já é um grande consolo. Mas, acima disso, o conhecimento da vida após a morte, bem como dos mecanismos envolvidos no processo de desencarnação, pode dar a todos nós um imenso consolo, sobretudo se tivermos a base primeira que é a crença em um Deus infinitamente justo, amoroso e misericordioso. Por isso tudo, a Doutrina Espírita tem um importante papel na vida de todos nós, no que diz respeito a nossa visão diante da morte.(t)
Perguntas/Respostas:

<[Moderador]> [01] <reinaldo_> Que conseqüências sobre um espírito pode ter as lamentações de sua família, quando de sua morte?

<Paulo_Nagae> Interpretando lamentação como reclamação, inconformação com a morte do familiar, este sentimento vai incomodar o desencarnado em dois aspectos:

1 - Fisicamente , este tipo de pensamento atinge o seu corpo espiritual, provocando, segundo os próprios, uma sensação incômoda, que parecem agulhadas.

2 - No aspecto moral, dependendo da condição do espírito desencarnado, ele pode se sentir entristecido pelo posicionamento da família, que denota uma falta de compreensão real da Lei Divina e da própria crença em Deus. (t)

<[Moderador]> [02] <EstrelAmar> Gostaria de saber se é verdade que também existe a morte no plano espiritual.

<Paulo_Nagae> Sim. De maneira figurada diz-se que ocorre uma segunda morte quando o espírito está prestes a reencarnar, vide o caso de Segismundo no livro “Missionários da Luz”. Há um outro fenômeno também chamado de segunda morte, que é ocasionado pela perda do corpo espiritual. Isto ocorre quando o espírito evolui a um tal ponto que o seu corpo espiritual se torna denso demais para servir o espírito na sua caminhada. Neste momento, há a perda desse envoltório e o espírito prossegue a sua caminhada, tendo como envoltório mais externo, o seu corpo mental. (t)

<[Moderador]> [03] <CELD> Em que a Doutrina Espírita tem uma visão da morte diferente dos demais pensamentos religiosos?

<Paulo_Nagae> Além de considerar a sobrevivência da alma, a Doutrina Espírita tem como diferencial em relação as outras Doutrinas Espiritualistas, a clareza com que explica a condição do espírito após a morte, colocando os seguintes conceitos:

1 - Manutenção da individualidade, ou seja, consciência das coisas , manutenção dos sentimentos e das características de cada um de nós;

2 - Possibilidade de comunicação entre os desencarnados e encarnados;

3 - Pluralidade das existências, ou seja, progredimos através de várias vidas;

4 - O entendimento da Lei de Causa e Efeito, que nos dá a tranqüilidade de saber que só colhemos aquilo que plantamos;

5 - A Doutrina Espírita como um todo nos leva a ter uma fé consciente na Justiça Divina e ter esperança no futuro. (t)

<[Moderador]> [04] <_Stone_> Estamos preparados para uma nova visão da morte? Estes esclarecimentos servem para quem ACABOU de perder um filho, uma mãe, etc. ?

<Paulo_Nagae> Se não estamos preparados para esta nova visão, convém nos prepararmos através do estudo sistemático da Doutrina Espírita. Se isto acontecer, com certeza, estes ensinamentos servirão para quem perdeu qualquer ente querido, desde que estejamos com o coração aliado a razão para entendermos estes esclarecimentos. (t)

<[Moderador]> [05] <Elephant_Man> Li um livro que comenta a respeito das "Trevas Exteriores" de Ranieri. Com isso, pergunto: segundo a concepção do palestrante, a segunda morte seria a perda da forma perispiritual que levamos milênios para desenvolver?

<Paulo_Nagae> A perda da forma perispiritual, que nas obras de André Luiz acontece com os chamados ovóides, também é denominada segunda morte. Apesar deste assunto não fazer parte do tema do encontro, vamos esclarecer que, neste caso, não há perda da matéria perispiritual em si, e sim o espírito perde o molde do seu corpo espiritual. Às vezes é necessário que o espírito reencarne para que recupere a forma perispiritual, pelo contacto com o corpo físico. (t)

<[Moderador]> [06] <reinaldo_> Já que a visão espírita da morte existe há milênios, como nos mostra a História, por que prevaleceu a visão de 'céu' e 'inferno' entre a humanidade?

<Paulo_Nagae> O poder daqueles que direcionavam o pensamento religioso levou a humanidade a crer nesta visão que favorecia o domínio por parte dos responsáveis por essas religiões. Lembramos que muitos de nós colaboramos com a cristalização destes pensamentos, e hoje, com certeza, retornamos nas lides espíritas para reconstruir o que nós destruímos. (t)

<[Moderador]> [07] <reinaldo_> Quem ou qual circunstância determina qual será o próximo passo do espírito após a morte?

<Paulo_Nagae> A condição do próprio espírito, seu merecimento e suas necessidades. (t)

<[Moderador]> [08] <Elephant_Man> pergunta: Graças ao Pai temos a morte, não é mesmo? A morte é realmente o inicio da vida. Isso, Paulo?

<Paulo_Nagae> É um retorno ao plano espiritual, que é a verdadeira vida. (t)

<[Moderador]> [09] <_Stone_> Esclareça-nos: É pior morrer de repente ou aos poucos?

<Paulo_Nagae> Depende das necessidades do espírito. Para uns, é um mérito morrer de repente, sem dor física nenhuma. Para outros é necessário que a morte seja lenta, para que o processo de desencarnação (separação do corpo e do espírito mais conjunto perispiritual) ocorra com mais propriedade. (t)

<[Moderador]> [10] <Caminheiro> Que diferenças se pode verificar entre a morte de um ser humano e a de um animal, do ponto de vista espiritual? Há planejamento para a vida e momento da morte de um e de outro? [11] <reinaldo_> E esse momento, pode ser antecipado ou prorrogado? Por que e por quem?

<Paulo_Nagae> No processo que ocorre com o animal, há espíritos responsáveis pela evolução desses princípios inteligentes. As notícias que temos através de “O Livro dos Espíritos”, é que estes princípios inteligentes ao desencarnarem são aproveitados imediatamente em um novo corpo, seguindo os caminhos naturais da sua evolução.

No processo que ocorre com os seres humanos, sabemos que há uma programação para a sua reencarnação, baseada nas necessidades do espírito e definida juntamente com os espíritos responsáveis por ele.

Há espíritos que têm reencarnações que seguem somente o automatismo da Lei. No que diz respeito ao momento da morte, este é definido não de uma maneira pontual e sim, por um período, como se fosse um intervalo de tempo que varia de A + (mais) ou – (menos) um tempo x (variável). Este momento pode ser prorrogado ou adiantado ainda segundo a necessidade do espírito, neste caso sob o comando do espírito responsável pela sua encarnação. Também pode ocorrer a abreviação, por vontade do próprio espírito, quando busca o suicídio direto ou indireto. (t)
Considerações Finais do Palestrante:

<Paulo_Nagae> Lembramos que a Doutrina Espírita como um todo, é em si mesma um grande remédio para todos os temores da vida e da morte. Por este motivo, o fato de estarmos estudando-a constantemente, nos fortalece para que possamos "viver" bem para "morrer" bem. Obrigado pela atenção de todos, e espero retornar em breve. (t)
Oração Final:

<Wania> Amigo Jesus, agradecidos estamos pela oportunidade, de passar estes dias estudando um pouco mais da Doutrina Espírita. Que possamos ter saído deste Encontro, mais enriquecidos, mais confiantes em ti e em Deus. Pois, sabemos, Senhor da Vida, que não ficamos por um instante que seja, sem o teu amparo. Que a tua luz se faça presente em nossos espíritos, que a tua misericórdia alcance a todos nós, mas que possamos melhorar a cada dia. Que seja em nome de Deus, a finalização de mais este momento de estudo e reflexões. Que assim seja!

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

NÃO ENTENDO!!!


Todas as noites

Quando cai a solidão

É você quem sempre aparece

Dentro do meu coração...



E me lembro de seus olhos,

Boca, sorriso, abraço...

E bem baixinho

Vou sussurrando seu nome

Até bater o cansaço...



Até hoje não entendo

Como um amor tão intenso

De um sentimento tão grande

Agora é só uma lembrança

De uma vida distante...

HOMENAGEM AO MEU FILHO, PARECIA UM DIA NORMAL, MAS SERIA SEU ANIVERSÁRIO...


Quase dois anos se passaram, tudo tão rapidamente...
 Às vezes penso que foi ontem
 Ou até mesmo hoje
 Perdi a noção do tempo
 Penso nas horas que estive a teu lado
 Nas horas que brincamos, curtimos, passeamos e rimos nas areias da praia em São Luís...
Nas noites de lua, sentados nos barsinhos, rindo, brincando, bebendo, festando, éramos como um casal de namorados, tal á sintonia entre o gostar e o pensar!!!!
Lembro das noites de céu estrelado em Goiânia, Quando ficávamos olhando as estrelas, você me explicando na sua linguagem intelectual de piloto e eu apenas fazendo contato com o Divino iluminado...
 Traçamos sonhos a serem concretizados, que jamais se realizaram, o destino nos traiu e foi cruel comigo...
Você meu amado filho, nunca cansou de me ouvir e tentar entender minhas loucuras, hoje tão reais pra ti
Eu nunca me cansei de te escutar, sabia de tudo da tua vida, do certo, do errado, dos sonhos, dos planos, dos amores, do teu coração tão iluminado E por incrível que pareça, apesar das desavenças de opiniões, eu sempre gastadeira e você o meu controle!!!
Filho, como eramos amigos!!!
 Você era o meu sol que iluminava minha vida
 E eu a lua que reclamava da sombra da nuvem que lá bem alto no céu passava...
 Ah! Quanta saudade no meu coração, quanta dor, quanta solidão!!!!
 Se o tempo pudesse retroceder eu queria Abraçar-te novamente sentir seu carinho Abundantemente E não te deixar sozinho um segundo jamais e principalmente naquele dia fatídico em que o destino separou fisicamente nos dois
Eu sabia que você não deveria ter ido pra encontrar aquele que jamais lhe dedicou o amor verdadeiro..
Queria eu ter estado lá como sempre estive ao teu lado sorrindo amparando e te amando!!!!
 Mas o destino foi cruel e nos pôs na boca o fel, meu amado e eterno MICHEL..
 O que mais sinto é não ter me despedido, aquele adeus não pude dar... Jamais darei
 Você não me esperou e partiu sem dizer adeus... Até hoje tenho todos os pormenores na mente e ainda não acredito que partiu tão de repente
 Mas sabe! FILHO...Te guardarei no cofre forte Naquele que somente a gente entra Naquele que tantos querem entrar Mas não é para um ser indiferente É somente para quem sabe amar a gente Assim como te amei e sei que me amou Pois sempre foi a FILHO que sonhei ter e sua lembrança está neste lugar guardada Perfeitamente belo e maravilhoso como era Dentro deste cofre que posso quando quiser Encontrar-te a qualquer momento E matar a saudade que me mata lentamente Aqui! FILHO... Dentro do meu coração....
EU SINTO MUITO FILHO, AMANHÃ É TEU ANIVERSÁRIO, DEVERIA ESTAR REZANDO, ME ELEVANDO ESPIRITUALMENTE COMO SEMPRE FIZ, MAS NÃO CONSIGO, NÃO ACEITO, SIMPLESMENTE NÃO ACEITO VIVER SEM TI E TÁ DOENDO DEMAIS, ME PERDOE FILHO, SE TENHO CHORADO, TALVEZ TE ATRAPALHADO, MAS O AMOR É ASSIM E EU TE AMO PRA SEMPRE, NO INFINITO DA ETERNIDADE QUE JAMAIS TERÁ FIM...


terça-feira, 27 de agosto de 2013

QUANDO DEUS CRIOU AS MÃES, HOMENAGEM ÁS MÃES DE SANTA MARIA!!!

Diz uma lenda que o dia em que o bom Deus criou as mães, um mensageiro se acercou Dele e Lhe perguntou o porquê de tanto zelo com aquela criação.

Em quê, afinal de contas, ela era tão especial?

O bondoso e paciente Pai de todos nós lhe explicou que aquela mulher teria o papel de mãe, pelo que merecia especial cuidado.

Ela deveria ter um beijo que tivesse o dom de curar qualquer coisa, desde leves machucados até namoro terminado.

Deveria ser dotada de mãos hábeis e ligeiras que agissem depressa preparando o lanche do filho, enquanto mexesse nas panelas para que o almoço não queimasse.

Que tivesse noções básicas de enfermagem e fosse catedrática em medicina da alma. Que aplicasse curativos nos ferimentos do corpo e colocasse bálsamo nas chagas da alma ferida e magoada.

Mãos que soubessem acarinhar, mas que fossem firmes para transmitir segurança ao filho de passos vacilantes. Mãos que soubessem transformar um pedaço de tecido, quase insignificante, numa roupa especial para a festinha da escola.

Por ser mãe deveria ser dotada de muitos pares de olhos. Um par para ver através de portas fechadas, para aqueles momentos em que se perguntasse o que é que as crianças estão tramando no quarto fechado.

Outro para ver o que não deveria, mas precisa saber e, naturalmente, olhos normais para fitar com doçura uma criança em apuros e lhe dizer: Eu te compreendo. Não tenhas medo. Eu te amo, mesmo sem dizer nenhuma palavra.

O modelo de mãe deveria ser dotado ainda da capacidade de convencer uma criança de nove anos a tomar banho, uma de cinco a escovar os dentes e dormir, quando está na hora.

Um modelo delicado, com certeza, mas resistente, capaz de resistir ao vendaval da adversidade e proteger os filhos.

De superar a própria enfermidade em benefício dos seus amados e de alimentar uma família com o pão do amor.

Uma mulher com capacidade de pensar e fazer acordos com as mais diversas faixas de idade.

Uma mulher com capacidade de derramar lágrimas de saudade e de dor mas, ainda assim, insistir para que o filho parta em busca do que lhe constitua a felicidade ou signifique seu progresso maior.

Uma mulher com lágrimas especiais para os dias da alegria e os da tristeza, para as horas de desapontamento e de solidão.

Uma mulher de lábios ternos, que soubesse cantar canções de ninar para os bebês e tivesse sempre as palavras certas para o filho arrependido pelas tolices feitas.

Lábios que soubessem falar de Deus, do Universo e do amor. Que cantassem poemas de exaltação à beleza da paisagem e aos encantos da vida.

Uma mulher. Uma mãe.

* * *

Ser mãe é missão de graves responsabilidades e de subida honra. É gozar do privilégio de receber nos braços Espíritos do Senhor e conduzi-los ao bem.

Enquanto haja mães na Terra, Deus estará abençoando o homem com a oportunidade de alcançar a meta da perfeição que lhe cabe, porque a mãe é a mão que conduz, o anjo que vela, a mulher que ora, na esperança de que os seus filhos alcancem felicidade e paz.

Redação do Momento Espírita. Disponível no CD Momento Espírita, v. 5, ed. Fep.

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

ENTREVISTA DO AUTOR DO LIVRO PERDA DE PESSOAS AMADAS:


“Por que pensar em adeus se a realidade é um até breve?”

O autor do livro Perda de Pessoas Amadas, recentemente lançado, fala sobre a origem e o conteúdo da citada obra




Em 2008, o lançamento de dois livros ligados à área da saúde – Alimentos Depurativos (Seu corpo é o resultado do que você come) e Coma e Seja Feliz(Alimentos para as quatro estações). Agora, três anos depois, precisamente no mês de agosto, o confrade Armando Falconi Filho (foto) iniciou a trajetória de lançamento de seu primeiro livro de cunho espírita, Perda de Pessoas Amadas, embasado nos muitos anos de atuação na Doutrina Espírita e, principalmente, em suas experiências mensais realizadas há sete anos numa reunião que foca, sobretudo, a morte, conforme explicações detalhadas no decorrer desta entrevista.



Natural da cidade de Astolfo Dutra, estado de Minas Gerais, licenciado em Contabilidade e Direito, com formação em Acupuntura Chinesa, Programação Neurolinguística (PNL) e diversas outras técnicas de Terapias Holísticas, Armando Falconi Filho nasceu em berço católico, mas desde muito cedo percebia a presença dos Espíritos e dialogava com eles.


Na adolescência, por meio de amigos conheceu a Doutrina dos Espíritos que lhe trouxe respostas para seus conflitos e consolo para seus tormentos mediúnicos. Já aos dezesseis anos, iniciou-se nas tarefas mediúnicas e nas atividades da exposição doutrinária em sua cidade e na circunvizinhança. Em 1979 instalou-se em Juiz de Fora-MG onde, além de fundar o Centro de Cultura Oriente Ocidente® (instituto que atua com atendimento, formação e pesquisa nas áreas de terapias alternativas e naturais), continuou sua lide espírita em centros espíritas já existentes. Posteriormente, foi um dos fundadores da FEAK – Fundação Espírita Allan Kardec onde, atualmente, faz parte da Diretoria ocupando o cargo de vice-presidente.

Quais as atividades que desempenha, além das espíritas?

Sou terapeuta holístico, autor de CDs e DVDs, onde abordo, em forma de mensagens e palestras, temas diversos como a religiosidade, mudança pessoal para melhor, motivação, autoestima, visualização terapêutica e outros assuntos de renovação íntima. Como radialista, apresento o programa "Sementes do Amanhã", na Rádio Solar AM 1010 Juiz de Fora-MG, de segunda a sexta-feira, às 8h30min, 14h30min e 20h30min, em que discuto sobre saúde física e espiritual. Mantenho mensalmente um espaço no jornal Panorama Sul e sou articulista no site www.acessa.com.

Como começou a usar da oratória no movimento espírita?

Quando completei dezesseis anos passei a falar nas reuniões de mocidade e, em seguida, tive ensejo de aceitar os inúmeros convites para proferir palestras espíritas, pelo que posso afirmar que foi nesse período que iniciei minhas atividades no campo da oratória.

Fale-nos um pouco de sua atuação na mediunidade.

Desde muito cedo eu percebia em torno de mim “pessoas” que não eram registradas nem pelos familiares, nem pelos colegas da escola. Encaminhado para as reuniões e atividades mediúnicas, fui aprendendo, progressivamente, a usar esses recursos, ampliando cada vez mais a sensibilidade e percepção com o mundo espiritual. Atualmente atuo na FEAK, semanalmente, nas tarefas de coordenação de grupos de educação mediúnica e nas atividades de desobsessão.

Sabemos que além das lides mediúnicas você também fundou na FEAK um serviço de atendimento telefônico chamado SOS-PRECES. O que vem a ser esse atendimento, há quanto tempo existe e qual a metodologia utilizada?

Em agosto de 1994, junto com um grupo de amigos, fundei na FEAK uma tarefa de atendimento telefônico que hoje funciona com quatro linhas e uma equipe de trezentos e oito plantonistas, sendo que todos fazem um curso de capacitação antes de ingressarem na tarefa propriamente dita. Nos trabalhos de atendimento ouvimos as pessoas que ligam de todos os estados brasileiros e também do exterior, oferecendo sempre os recursos da oração, de palavras de estímulo e do socorro fraterno. O serviço funciona diariamente, de 8h às 24h, pelo telefone (32) 3236-1122, e estamos chegando a um milhão de telefonemas atendidos.

Como surgiu a ideia do livro PERDA DE PESSOAS AMADAS?

Nos meses de maio e junho do ano de 2003, eu e meus familiares passamos pelo processo de morte de uma tia, do meu pai e da minha mãe, isso tudo num período de apenas vinte e quatro dias. A situação de vivenciar a morte de entes tão queridos e de forma sucessiva me abalou, mesmo com as informações da Doutrina Espírita nesse âmbito. Dessa experiência nasceu um desejo ardente de ajudar pessoas que estivessem passando por um processo similar e, no segundo semestre de 2004, Matheus Fernandes Fraga, o mentor da nossa FEAK, recomendou-me iniciar uma nova tarefa a partir da primeira terça-feira de outubro, dedicada a prestar esclarecimentos sobre morte/desencarnação. Iniciei a tarefa de forma mensal e em agosto de 2005, veio a desencarnação da minha esposa Kátia, como mais um desafio nessa área. O aprendizado de todos que participam da reunião tem sido expressivo e posso afirmar que de minha parte foi ainda maior.

Relate-nos sobre a mensagem do livro, bem como sobre sua metodologia.

Conforme esclarecido anteriormente, o livro é uma explicação para pessoas que passaram pela realidade da morte biológica de familiares e/ou amigos. A obra possui dez capítulos onde abordo temas como: explicando a palavra “perda”, o que é morte, morrer ou desencarnar, quem pode ouvir e ver os Espíritos, neuroplasticidade: nosso cérebro, visitas e contatos espirituais e, ainda, três capítulos com as perguntas e respostas mais frequentes feitas em nossas reuniões de entes queridos.

Por que pensar em adeus se a realidade é um “até breve”? Explique-nos esta frase de chamada contida no seu livro.

Apresento de forma racional que a morte é apenas biológica, ocorrendo somente no corpo, que veio do pó e a ele retornará por efeito da decomposição natural. Já o Espírito é eterno e ressalto que será na realidade do mundo espiritual onde todos nos reencontraremos com os afetos e os desafetos que para lá retornaram ou retornarão; daí não existir adeus, mas sim um “até breve”.

Em várias passagens do livro o leitor irá deparar-se com a palavra “perda”. Esclareça-nos o sentido dessa palavra sob a ótica espírita.

A palavra perda vem do latim vulgar “perdita”, substantivo feminino que significa ato ou efeito de perder ou ser privado de algo que possuía. Foquei essa palavra para dar sentido e, ao mesmo tempo, chamar a atenção das pessoas, pois coloquialmente assimilamos a palavra perda para muitas coisas, tanto para objetos como também para o sentido de morte. Constantemente ouço as pessoas falarem assim: “perdi meu irmão, perdi minha mãe etc.” E na ótica espírita essa frase não está correta, isso porque perdemos objetos, coisas, entretanto, em relação às nossas pessoas amadas, apenas deixamos de conviver, momentaneamente, de corpo presente com elas, porém elas continuam vivas em Espírito e mantêm sempre o mesmo sentimento de afeição que nutriam por nós enquanto encarnadas. A obra conduzirá o leitor a utilizar a frase correta para designar a morte de pessoas amadas e, agindo assim, a sensação de distância e saudade fica mais amena e a dor diminui.

Seu livro é uma obra que deve ser lida somente por espíritas?

Os espíritas poderão ampliar e confirmar seus conhecimentos em torno de um tema que já faz parte de seu cotidiano religioso, entretanto, os adeptos de outras religiões receberão esclarecimentos detalhados do que acontece com o seu ente querido após a morte biológica e, sendo assim, todos terão uma oportunidade de enfrentar com mais tranquilidade e harmonia a desencarnação dos seus afetos e, gradativamente, se prepararem para o momento do regresso à verdadeira morada, ou seja, ao mundo espiritual.

Quando se iniciou o lançamento do livro e quais estão sendo os recursos de sua divulgação?



Iniciei a jornada de lançamentos na cidade de Formiga-MG, mais precisamente no dia 20 de agosto último, e a partir daí estou com mais vinte e quatro cidades agendadas até a presente data. Fiz um hotsite do livrowww.perdadepesssoasamadas.com em que constam inúmeras informações e acontecimentos que envolvem o livro, assim como locais e datas de todos os eventos. Nesse hotsite disponibilizei um trecho do livro para ser lido, há agenda, vídeos, opinião dos leitores, espaço imprensa, espaço aconteceu, área de compra para quem deseja adquirir a obra pela internet. É o canal de comunicação do leitor com o autor, e para quem mais tiver interesse de adquirir a obra, acompanhar os comentários das pessoas que a leram e tirar dúvidas ou informações. Também estarei lançando este livro na Bienal do Livro no Rio de Janeiro nos dias 7 a 10 de setembro, sendo que o horário e o endereço poderão ser conferidos no hotsite citado anteriormente. Concomitantemente, companheiros de diversas outras localidades têm-me contatado para agendar o lançamento do livro em suas cidades e, assim, a divulgação vem sendo desenvolvida pelas redes sociais na internet, jornais, rádio e televisão.

A MORTE EM FACE DA REENCARNAÇÃO:


Numa roda de amigos, em encontro num clube londrinense, alguém, reportando-se ao falecimento repentino de um colega, extravasou seu inconformismo e sua incompreensão com relação à morte, manifestando a ideia – mais comum do que se pensa – de que a morte ceifa os indivíduos exatamente quando estes chegam a um período da vida em que se encontram mais maduros, mais experientes e mais preparados.

O sentimento de perda em momentos assim, quando nos despedimos dos entes queridos, é compreensível e obviamente aceitável. O homem que não entende a vida não pode, evidentemente, entender a morte e, por não compreendê-la, acaba emitindo pensamentos como o exposto, em que se patenteiam claramente dúvidas com respeito à inteligência, à bondade e à sabedoria de Deus.
A mesma incompreensão no tocante à vida podemos encontrar no pensamento de pessoas de destaque na cultura do mundo, como o historiador americano Jacques Barzun, 94 anos de idade, um dos fundadores da disciplina de história cultural e autor de uma obra notável, “Da Alvorada à Decadência”, publicada em nosso país pela Editora Campus.
Numa de suas entrevistas, o professor Barzun afirmou que gostaria de ter vivido no século XIX, a partir de 1830, um período que se autonomeou Era do Progresso e que foi, sem contestação, um tempo de grande inventividade em toda a Europa e de luta contra os resquícios da monarquia e do velho sistema de classes.
A doutrina da reencarnação, defendida por pensadores brilhantes como Pitágoras, Sócrates e Platão e cultuada por boa parte das religiões orientais, traria a um e outro o esclarecimento necessário à solução de suas dúvidas, que, no fundo, se radicam no mesmo ponto.
Se o amigo londrinense entende que deveríamos viver no corpo muito mais do que normalmente vivemos, o professor gostaria de haver nascido e vivido antes.
Podem, no entanto, tranquilizar-se os dois.
Ensina o Espiritismo que ambos os desejos são satisfeitos pelo Criador, pois tanto Jacques Barzun viveu ou pode ter vivido na Era do Progresso, quanto o colega que partiu volverá ao corpo em nova experiência reencarnatória.
E Deus é tão sábio e previdente, que o falecido, em vez de carregar um fardo pesado e incômodo por séculos sem conta, poderá dispor de um corpo novo e reviver inúmeras vezes a época da meninice e o período da juventude, fases essas que todas as pessoas mais velhas geralmente lembram com saudade.

A MORTE NA VISÃO DOS ESPÍRITAS:


A morte dos entes queridos continua sendo um dos momentos mais difíceis e dolorosos na vida das pessoas.
O sentimento de perda, em situações assim, é um fato frequente, muito embora os cristãos entendam, de um modo geral, que a vida continua e que, em essência, a morte não existe tal qual muitos a supõem.
Quando ocorreu, anos atrás, na capital de São Paulo o incêndio do edifício Joelma, em que morreram dezenas de pessoas, umas vitimadas pelo fogo, outras pela asfixia causada pela fumaça e um certo número por haverem pulado do edifício numa tentativa desesperada de fugir à morte, o médium Francisco Cândido Xavier serviu de intermediário à revelação de uma informação ao mesmo tempo curiosa e consoladora.
Os imortais disseram então, pelas mãos do saudoso médium, que naquelas horas difíceis dois eram os cenários.
O primeiro, do lado de cá, era constituído de muito sofrimento, de desespero, de gritos, de desesperança. A ação dos bombeiros, a movimentação dos repórteres, a busca de notícias por parte dos familiares que trabalhavam naquele prédio, tudo isso contribuía para dar ao episódio um caráter de tragédia, típico de situações como aquela.
O outro cenário, invisível aos nossos olhos, apresentava-se inteiramente diferente. Espíritos amigos dos que ali pereceram recebiam com festa os que retornavam naquele momento à chamada vida espiritual. Cânticos de alegria, abraços calorosos e aplausos, eis o tom de um cenário que mostrava como se dá a recepção espiritual àqueles que cumprem até o fim o seu dever no plano corpóreo.
Comentando o tema morte, Kardec fez, em determinado momento, uma analogia entre esse fato e a libertação de um prisioneiro que acaba de cumprir uma longa pena.
Imaginemos, escreveu o Codificador, a situação do colega de cela que vê partir o amigo. É claro que ele sentirá saudade do companheiro, mas, em sã consciência, jamais lamentará a libertação do amigo que, atendidas as exigências da Justiça, ganha agora a liberdade.
A morte é isso. Ela é uma espécie de conquista da liberdade, a retomada de atividades que já eram executadas pela pessoa antes da existência ora finda e que agora podem ter continuidade.
Depois de peregrinar por muitos anos na crosta do planeta, limitado por um corpo material que restringe, como sabemos, as possibilidades perceptivas da alma, o indivíduo tem o direito, enfim, de reencontrar os amigos que o aguardam e dar sequência a um projeto cuja meta é a perfeição, assunto a que o próprio Cristo se referiu.
Diante do esquife, lembremo-nos, pois, da informação trazida pelo saudoso médium e estejamos certos de que a morte só atinge o corpo material mas nada ocasiona ao Espírito.
Morte é mudança de domicílio e de tarefas. Não há motivo real para lamentá-la, mesmo porque, excetuados os casos de suicídio voluntário ou involuntário, ninguém retorna à vida espiritual antes da hora. Pelo menos é isso que centenas de mensagens enviadas pelos próprios Espíritos têm dito a respeito do assunto.

UMA CRIANÇA PODE VER REALMENTE OS CHAMADOS MORTOS?


Uma criança pode ver realmente os chamados mortos?

Uma leitora de Minas Gerais pergunta-nos se é possível a uma criança de cinco anos ver seu pai desencarnado e com ele conversar.
Sim; a resposta é afirmativa, conforme dissemos no editorial da edição 62 da revista “O Consolador”, em que foi examinado o tema da criança e seus amigos imaginários.
O link que remete ao texto mencionado é -http://www.oconsolador.com.br/ano2/62/editorial.html.
Até os sete anos de idade, o Espírito da criança encontra-se em fase de adaptação para a nova existência e ainda não existe uma integração perfeita entre o Espírito e a matéria orgânica, fato que lhe permite emancipar-se e, eventualmente, ver vultos desencarnados que lhe fazem companhia, o que nos permite deduzir que os amigos imaginários de nossas crianças só o são na aparência. Eles não são imaginários, mas apenas invisíveis.
A vidência mediúnica durante os primeiros anos da existência de uma pessoa deve ser, portanto, tratada naturalmente. A experiência diz-nos que essa faculdade vai se apagando com o passar dos anos e pode mesmo desaparecer totalmente, salvo se o seu exercício fizer parte da programação reencarnatória da pessoa.
Os fatos de vidência, que Allan Kardec estudou em minúcias nos itens 100 e 190 de O Livro dos Médiuns, são um assunto pacífico no campo da fenomenologia espírita. Essa faculdade, que depende da organização física do médium, permite a este – mesmo durante a vigília – ver os chamados mortos.
Como os fenômenos mediúnicos não ocorrem à revelia das autoridades espirituais superiores, é claro que há Espíritos que se deixam ver e há outros que não são vistos, o que não significa que estejamos sós, porquanto os desencarnados habitualmente nos rodeiam.
Foi um caso de vidência por parte de uma criança de quatro anos, verificado em Caen (França), que levou Allan Kardec a reconhecer que a mediunidade de vidência não apenas parecia, mas era sim comum nas crianças.
Isso, disse Kardec, não deixava de ser providencial. “Ao sair da vida espiritual – explicou ele – os guias da criança acabam de conduzi-la ao porto de desembarque para o mundo terreno, como vêm buscá-la em seu retorno. A elas se mostram nos primeiros tempos, para que não haja transição muito brusca; depois se apagam pouco a pouco, à medida que a criança cresce e pode agir em virtude de seu livre-arbítrio.” (Revista Espírita de 1866, pp. 286 e 287.)

domingo, 25 de agosto de 2013

ESTAREI CONTIGO:


Por onde vás, estarei contigo
Mesmo diante da dor e indiferença
Ao seu lado ficarei
Porque sou teu anjo

Teu eterno amigo
Nessa grande jornada
Que é a vida.
Por isso se cuide dos males terrenos

Vigie seus pensamentos e seus atos
Tenha sempre o sorriso nos lábios
Mesmo diante das amarguras
Mesmo que as lágrimas venham

Seja a bondade e o amor
Seguirás meus passos e Eu seguirei os teus
Pois sou teu irmão e estarás sempre em meu coração.
Sou Jesus e onde estás, através da oração

Estarei contigo.

Assinado: Irmão JoséData : 24 de janeiro de 2013
Local : Mongaguá ( SP )
Médium : Maria Lúcia Baptista

A MORTE DE UMA CRIANÇA




A morte de uma criança é talvez a perda mais difícil de suportar. Como pode alguém estar preparado para o choque de perder um filho ou uma filha, um neto ou uma neta? Pergunte a qualquer pai ou mãe e eles responderão: "Eu não sobreviveria" ou "Nunca mais seria a mesma pessoa" ou "Isso me destruiria pelo resto da vida". Nada pode se comparar à dor indescritível que se sente pela morte de um filho ou ao desespero que a acompanha. E embora os pais sobrevivam, a perda os deixa marcados para sempre.

Quando perdem um filho, os pais se deparam com o incompreensível: "Meu filho não devia morrer antes de mim." Experimentam enorme culpa por se sentirem de algum modo responsáveis pela morte. "O que deveria ter feito para impedir que isso acontecesse?" Sentem-se inúteis, inadequa­dos e impotentes, porque acreditam que falharam em suas obrigações paternas. Em vez de se verem como pais, tornam-se pais de filhos mortos. Não conseguem pensar de maneira clara. Não importa toda a proteção e cuidado que deram aos filhos, sempre se sentem de alguma forma responsáveis, pois a morte prematura sempre lhes parecerá antinatural, e por isso acreditarão que ela é consequência de alguma culpa.

Escolhi algumas cartas que venho publicando nas últimas semanas e que demonstram que até mesmo na pior tragédia é possível encontrar uma oportunidade de cres­cimento. Meu desejo mais profundo é que os pais sintam ainda que há uma parcela mínima de paz em meio à tristeza e que saibam que suas vidas foram abençoadas pela bela alma que conheceram como seu filho ou filha, no tempo curto ou longo em que habitaram a Terra.

E A VIDA CONTINUA... A MORTE É UMA VIAGEM



Esta é a íntegra da mensagem final da novela "A Viagem", apresentada pela Rede Globo. Possuímos três versões do texto, com vídeo ou apenas áudio, para eventual envio aos interessados. Basta nos escrever por e-mail. Se quiser copiar o vídeo abaixo, acesse este link (na página de compartilhamento, acesse "Arquivo" e, em seguida, "Fazer download").



"Hoje, de algum lugar longe dessas terras
Há um doce olhar só pra você
Um olhar especial
De alguém especial, de distantes origens
Um olhar de um justo coração que pulsa só a vida
Que sorri porque ama plenamente
Sem julgamentos, preconceitos nem prisões


Hoje, como ontem, longe desses céus
Há um encantado olhar só pra você
Nesse olhar vai para você a magia da luz
A simplicidade do perdão
A força para comungar com a vida
A esperança de dias mais radiantes de paz


Hoje, de algum lugar dentro de você,
Alguém que já o amou muito e ainda o ama
Diz para você que valeu a pena ter estado nessas terras...
Sob estes céus...
Falando de união, paz, amor e perdão
Poder sentir a força que faz você sorrir
E continuar o caminho
Que um dia aquele doce olhar iniciou pra você
Tudo isso, só para você saber que
A VIDA CONTINUA...
E A MORTE É UMA VIAGEM!"

* * *
A VIAGEM


Autoria: Ivani Ribeiro
Colaboração: Solange Castro Neves
Direção: Wolf Maya, Ignácio Coqueiro e Maurício Farias
Direção geral: Wolf Maya
Período de exibição: 11/04/1994 – 22/10/1994
Horário: 19h
Nº de capítulos: 160


Trama/ Personagens:


- Remake da novela homônima exibida pela TV Tupi, em 1975, inspirada na filosofia de Alan Kardec. O enredo central de A Viagem fala sobre a vida após a morte. O personagem que conduz as tramas da história é Alexandre (Guilherme Fontes), um rapaz rico e desajustado que tenta roubar o cofre do escritório onde trabalha para quitar uma dívida.


- Pego em flagrante, Alexandre se desespera e acaba matando o tesoureiro da empresa. Seu irmão, Raul (Miguel Falabella), e o cunhado, Theo (Maurício Mattar), com quem ele não mantém boa relação, o entregam à polícia. Porém, Dinah (Christiane Torloni), sua irmã mais velha, decide protegê-lo e, para isso, recorre aos melhores profissionais para defendê-lo. Sua mãe, dona Maroca (Yara Cortes), também fica ao lado do filho caçula, mas sofre muito com seu triste destino. Sua namorada Lisa (Andréa Beltrão), no entanto, cansada do conturbado e inconstante romance, decide abandoná-lo.


- Ciente da gravidade do caso de Alexandre, Dinah implora ao conceituado criminalista Otávio Jordão (Antonio Fagundes) que cuide do caso, mas, amigo do tesoureiro morto, Otávio se recusa a defender o rapaz. Seu maior objetivo, inclusive, é colocá-lo na cadeia, custe o que custar. Alexandre é condenado e, sem esperança, acaba por se matar na cadeia.


- Alexandre chega ao plano espiritual, no chamado Vale dos Suicidas. Lá, cheio de ódio, ele passa a se dedicar a infernizar a vida de Raul, Theo e Otávio, que, segundo ele, são responsáveis por seus infortúnios. Sua revolta aumenta quando vê que a irmã Dinah está apaixonada por Otávio. Inicialmente, Dinah culpa o advogado pela morte do irmão, mas, com o passar do tempo, começa a se envolver com ele, acreditando que poderá ter uma vida tranqüila ao seu lado. Antes de se apaixonar por Otávio, Dinah vivia uma relação frágil e conturbada com o marido Theo, anos mais novo que ela, marcada pela insegurança e pelo ciúme.


- Alexandre quer se vingar de todos que o fizeram sofrer e passa a interferir no destino de vários personagens. Theo, por exemplo, transforma-se num homem violento e temperamental quando começa a se envolver com Lisa, ex-namorada de Alexandre. Tato (Felipe Martins), filho mais velho de Otávio, passa a se desinteressar pelos estudos e torna-se um jovem delinqüente, preocupando todos ao seu redor. Adepto do espiritismo e amigo da família, o médico Alberto (Cláudio Cavalcanti) começa a perceber que todos esses conflitos estão sendo causados por influência do espírito de Alexandre e resolve ajudar a família de dona Maroca. Dr. Alberto é apaixonado por Estela (Lucinha Lins), a outra irmã de Alexandre, uma mulher sofrida que foi abandonada pelo marido e criou sozinha a filha Bia (Fernanda Rodrigues). Com o apoio dela, de Dinah e de dona Maroca, o médico, através de reuniões mediúnicas, tenta livrar o espírito de Alexandre do mal que causa a todos.


- A trama ganha um novo rumo com a morte de Otávio. Dinah e ele passam a viver um amor transcendental que supera todas as barreiras. Distante, ele manda sinais à amada na Terra. Ela acaba adoecendo, morre e parte ao seu encontro. Finalmente, juntos em outro plano, num lugar denominado Nosso Lar, os dois fazem de tudo para neutralizar a má influência de Alexandre sobre os vivos.


- Em determinado momento, a história ganha um misterioso personagem. Trata-se do mascarado Adonay (Breno Moroni), um homem que esconde seu passado atrás de fantasias de pierrô. Sem nunca mostrar o rosto, ele cativa a todos com suas mágicas e performances, ajudando os moradores de uma vila, um dos principais cenários de A viagem. Adonay tem uma forte relação com Tibério (Ary Fontoura), um homem solitário, apaixonado por Estela, que se torna seu amigo e confidente. Outra curiosidade sobre Tibério é que ele tem a todo instante a companhia de um espírito amigo, com quem vive conversando. Ao longo da trama, descobre-se que Adonay usa máscara, pois tem vergonha do rosto desfigurado, conseqüência de um grave acidente que sofreu anos atrás. No passado, viveu um lindo romance com Carmem (Suzy Rêgo), também moradora da vila. Ele tenta se reaproximar da jovem, mas, depois de revelar sua identidade, decide ir embora, sozinho.


- A trama também conta com um núcleo jovem, no qual se destaca a história de Bia. Abandonada pelo pai quando criança, sempre foi muito amiga e companheira de sua mãe, Estela. Em determinado momento da história, Ismael (Jonas Bloch), seu pai, reaparece, para desespero de Estela. Ismael é um sujeito mau-caráter que não tem o menor apego pela filha, mas posa de bom pai para conquistá-la. Bia fica encantada com o pai e não entende a raiva que sua mãe sente dele. Cada vez mais seduzida e influenciada por Ismael, a adolescente passa a ter um comportamento agressivo e debochado, enfrentando a mãe. Estela sofre muito com as mudanças de Bia, mas conta com o apoio de Alberto e a proteção da irmã, Dinah.


- Com as reuniões do Dr. Alberto, o espírito atormentado de Alexandre começa a se enfraquecer. Aliado a isso, Dinah, no Céu, recrimina duramente o irmão por suas maldades. Nos capítulos finais da história, Alexandre diz à irmã que não tem mais forças para odiar e decide se desculpar com o homem que matou. Depois, pede a seu mentor, André (Lafayette Galvão), para reencarnar no filho de Lisa e Theo. André diz que será uma conquista difícil, mas que Alexandre terá ajuda celeste para realizar seu desejo. Nas últimas cenas da novela, Dinah recebe Maroca no Céu, e, em seguida, ela e Otávio se unem numa única energia .


Produção:


- A equipe de cenografia produziu 50 cenários e mais de 200 ambientes especialmente para a novela, ambientada no Rio de Janeiro. Todo o aparato era montado e desmontado nos estúdios da Herbert Richers, no bairro carioca da Tijuca. Além disso, também foi construída uma cidade cenográfica em Jacarepaguá, zona oeste do Rio de Janeiro. Para fugir das imagens estereotipadas de representação do Céu, a produção decidiu filmar as cenas em um campo de golfe em Nogueira, distrito de Petrópolis (RJ). O Vale dos Suicidas, para onde Alexandre segue após sua morte, era uma pedreira desativada em Niterói (RJ).


Curiosidades:


- O sucesso da novela fez com que a venda de livros sobre espiritismo aumentasse em 50%, segundo dados levantados na época por livrarias especializadas. Por outro lado, a trama provocou protestos de movimentos negros, reclamando que não havia negros nas cenas que retratavam o céu.


- A Viagem foi reapresentada duas vezes em Vale a Pena Ver de Novo. A primeira, entre 28/04 e 12/09/1997 e a segunda, a partir de 13/12/2006.


- A Viagem foi vendida para Bolívia, Chile, Costa Rica, Equador, Guatemala, Honduras, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, Portugal, República Dominicana, Rússia, Uruguai e Venezuela.


Trilha sonora:


- Merecem destaque as músicas Beijo Partido, de Milton Nascimento, e Esqueça (Forget Him), sucesso da Jovem Guarda, interpretada por Fábio Jr.


- A trilha internacional de A Viagem foi um sucesso e vendeu mais de 600 mil cópias, graças ao seu repertório que reuniu grandes nomes como de Julio Iglesias, Elton John, Paul Young, Pretenders, Toni Braxton, entre outros.


- Durante a segunda reprise da novela, em 2006, a Som Livre lançou novamente a trilha sonora internacional de A Viagem.





[Fontes: Depoimentos concedidos ao Memória Globo por: Andréa Beltrão (31/03/2006), Antonio Fagundes (06/03/2002), Cláudio Cavalcanti (16/01/2006) e Wolf Maya (12/12/2005); Boletim de programação da Rede Globo, número 1109; FINOTTI, Ivan. “A Viagem detona explosão espírita” In: Folha de S.Paulo, 18/09/1994; MAGALHÃES, Simone. “Louco de ciúmes, Otávio volta à Terra” In: O Globo, 04/09/1994; MIGLIACCIO, Marcelo. “Democracia racial chega ao céu de A Viagem” In: Folha de S.Paulo, 16/10/1994; MEMÓRIA GLOBO. Dicionário da TV Globo, v.1: programas de dramaturgia & entretenimento. Rio de Janeiro, Jorge Zahar Editor, 2003; TAVARES, Helena. “Novela entre o céu e o inferno” In: Jornal do Brasil, 13/08/1994; www.teledramaturgia.com, acessado em 05/2006; http://viaglobal/cedoc (intranet), acessado em 06/2006.]

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