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sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

PAI E FILHA RECRIAM FOTOS DE CASAMENTO PARA HOMENAGEAR MÃE QUE MORREU:


Uma história linda e triste ao mesmo tempo tem ganhado destaque aqui no Brasil e o blog não poderia deixar de registrar. Dois anos após a morte da esposa, vítima de um tipo raro de câncer de pulmão, Ben Nunery decidiu fazer uma homenagem emocionante com a ajuda da sua filha, a pequena Olivia, de 2 anos.

Quando Ben e Ali se casaram, em 2009, eles fizeram um registro das mudanças que estavam acontecendo em suas vidas por meio de uma sessão de fotos na casa nova. Dois anos após perder a esposa, Ben teve de se mudra daquela casa com a filha e, antes de deixar a residência, ele reproduziu com Olivia as fotos feitas com Ali no dia do casamento.

Perguntado sobre a sensação de reproduzir as fotos, Ben surpreendeu: "Muitas pessoas têm me perguntado o que eu senti ao fazer essa sessão de fotos. O que eu quero que elas saibam é que esta não é uma história sobre dor e perda. Sim, eu já passei por essas emoções e ainda passo, mas não é isso que eu quero que as pessoas vejam nestas fotos.Esta é uma história sobre o amor."

A responsável pelos cliques é Melanie, irmã de Ali, que também tinha feito a primeira sessão de fotos. Prepare o lenço e veja!
Ben no dia em que entrou e no dia em que deixou a casa (Fotos: Reprodução)


Ben aprendeu a tocar a música “I Believe (When I Fall In Love With You It Will Be Forever)”, do Steve Wonder, que …


A pequena arruma os cabelos do mesmo jeito que a mãe fez no grande dia


Fotos foram tiradas pela irmã de Ali


Olivia pouco conviveu com a mãe
Ben e Olivia tiveram de se mudar da casa que viveram até a morte de Ali




sábado, 7 de dezembro de 2013

PSICOGRAFIA DE ANDRÉ, UM DOS JOVENS DESENCARNADOS NA BOATE KISS EM SANTA MARIA:





A VIDA CONTINUA.. CARTA DE ANDRÉ JOVEM DESENCARNADO NA BOATE KISS - PSICOGRAFADA



MENSAGEM DE UM JOVEM DESENCARNADO NA BOATE KISS - PSICOGRAFADA POR ÂNGELA HENRIQUES

Mãe querida, em primeiro lugar, peço-te, que te acalmes,
acalmes estes pensamentos, acredites nestas linhas.
Sou eu o André, o teu André.
Não penses que sofri ou estou sofrendo, e muito menos
descansando eternamente.
Mãe, ainda não sei como cheguei por estas paragens, mas
me lembro da fumaça, da correria, do cheiro de queimado,
foi daí que tropecei e cai esborachado aqui... Embora
ainda sujo, os olhos ardendo, percebi os meus amigos ali
juntos e todos eles bem assustados como eu, mas que de
alguma forma, estávamos inteiros.Precisando de cuidados
médicos, mas vivos. Daí começaram a nos explicar
cuidadosamente o ocorrido, enquanto éramos tratados.
Estavam comigo e ainda estão, o Pardal, A Neca, o Silvio,
o Pedro, a Carol, Suzie, Roger, Pablito e outros que não
consigo dizer os nomes. Por enquanto estamos bem
ajeitados e nos adaptando a esta nova condição de meio
mortos , hahahaha...
A vida continua rotineira e tranquila dentro das
possibilidades, todos os dias, vamos ás alas hospitalares
e damos boas vindas aos demais vitimados naquele
incidente horrivel. Passou para nós, ficou para trás,
apenas nos lembramos, nada mais
Qualquer dia destes ,aceitarei a oferta de ir novamente a
uma festa. Soube que são muito animadas por aqui, mas
ainda é cedo para encarar...
Por aqui, é tudo bem parecido com a vida de antes, estou
louco para voltar aos estudos, mas ainda não tenho
acesso
ás matérias, e ainda não sei no que trabalharei, mas já
soube que serei remunerado. Corre solto que aqui também
podemos paquerar! Há tanta coisa boa a me esperar, que
mal me seguro para começar logo, mas vejo que terei que
ir na massa!
Pegar solto.
Suas orações, mãe chegam direto no meu coração
Sinto saudades, também , sabias?
Sinto falta de todos, até do cheiro do capim molhado
Mas não há como voltar, então o melhor é se apresentar a
esta nova vida, e ir em frente
E estas benditas lágrimas nas tuas faces, que enxugo
neste momento com sonoros beijos e um sorriso maroto.
Mande abraços de saudades aos meus amigos e
amigas.Diga a eles, coragem. A vida não morre! Nem por
fogo ou água. A vida é viva. Quem me conhece, sabe que
não sou de dobrar diante de nada, e esta tal morte,
também não me dobrou. Continuo o mesmo guru.
Amo todos, e quando me for permitido, de novo aqui
estarei neste noticiário diferente, mas muito legal.
Beijo familia... beijo mamãe.
André
* jovem desencarnado na Boate Kiss.
(Psicografia / Angela M. Henriques - 02/10/2013)

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

LIVROS ESPÍRITAS, SOMENTE BAIXAR E LER!!!




A Missão- Mônica Rocha
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Adolescência e Vida- Divaldo Pereira Franco


A Prevenção Das Drogas À Luz da Ciência e da Doutrina Espírita-Maria Silvestri Santos
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Agonia das Religiões- J.Herculano Pires
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A Casa do Escritor- Vera Lúcia Marinzeck de Carvalho
PDF

Aos Pés do Mestre- Alcione J.Krishnamurti
PDF

A Caminho da Luz- Emmanuel


Algemas Abertas- Armando F.Oliveira
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Ação e Reação- André Luiz
PDF

As Vidas de Chico Xavier- Marcel Souto Maior
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A Coragem da Fé- Carlos Bacelli
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Alvorada Cristã- Neio Lúcio


A Pedra e o Joio- J.Herculano Pires


Adolescente, Mas de Passagem- Paulo R. Santos
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Ave Cristo- Emmanuel


A Caminho do Céu- Osvaldo Polidoro


Amor, Imbatível Amor- Divaldo Pereira Franco


Além da Morte- Divaldo Pereira Franco


A Missão Do Brasil Como Pátria do Evangelho-Célia Urquiza de Sá
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Copos que Andam- Vera Lúcia M.de Carvalho


Celeiro de Bençãos- Divaldo Pereira Franco


Cascata de Luiz- Luiz Sérgio


50 Anos Depois- Emmanuel
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Como Orientarmos Nossas Vidas- Pietro Ubaldi
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Consequências do Passado- Emmanuel
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Conduta Espírita- André Luiz
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Cirurgia Moral- João Nunes Maia
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De Volta ao Passado- Célia Xavier Camargo


Dramas Da Obsessão- Ivonne A.Pereira


Diálogo Com as Sombras- Herminio C.Miranda


Depois da Morte- Léon Dénis


Deixe-me Viver- Luiz Sérgio


Deficiente Mental, Porque Fui Um?- Vera Lúcia M.de Carvalho


Desobsessão- André Luiz


Diretrizes de Segurança- Divaldo P.Franco e Raul Teixeira
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Deus Na Natureza- Camille Flamarion


Espírito e Vida- Divaldo Pereira Franco (Joana de Ângelis)


Evolução em Dois Mundos- André Luiz


E A Vida Continua- André Luiz


E O Sol Voltou a Brilhar- Luiz Ariston S.Sales


Ensina-me a Falar de Amor- Luiz Sérgio


Entre a Terra e o Céu- André Luiz


Faz-se a Luz- Maria Dolores Figueras
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Florações Evangélicas- Divaldo Pereira Franco (joana de Angelis)


Fonte Viva- Emmanuel
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Grilhões Partidos- Divaldo Pereira Franco


Histórias que Jesus Contou- Clóvis Tavares


Há Dois Mil Anos- Emmanuel
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Jovens Espíritas- Wladimir Olivier


Juventude No Além- Lizeth M.Stanofer


Livro dos Médiuns- Allan Kardec


Livro dos Espíritos- Allan Kardec
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Laços Eternos- Zíbia Gasparetto


Libertação- André Luiz


Memórias de Um Suicida- Ivonne A.Pereira
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Mais Além do Meu Olhar- Luiz Sérgio


Missão do Brasil como Pátria do Evangelho- Célia Urquiza de Sá


Missionários da Luz- André Luiz


Nossos Filhos São Espíritos- Herminio C.Miranda


Não Pise Na Bola- Richard Simonetti


No Invizível- Léon Dénis
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Nosso Lar- André Luiz


Na Próxima Dimensão- Carlos Alberto Bacelli


Ninguém é de Ninguém- Zibia Gasparetto


Nos Dominios da Mediunidade- André Luiz
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No Mundo Maior- André Luiz


Nos Bastidores da Obsessão- Divaldo Pereira Franco


O Evangelho da Meninada- Eliseu Rigonatti


Os Mensageiros- André Luiz


O Mundo que Encontrei- Luiz Sérgio
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O Reino- J.Herculano Pires


O Sermão da Montanha- Humberto Rodhen


O Dificil Caminho das Drogas- Vera Lúcia M.de Carvalho


Obreiros da Vida Eterna- André Luiz


O Que é o Espiritismo- Allan Kardec
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Obsessão e Desobsessão- Suely Caldas Shubert


Os Exilados de Capela- Edgard Armond-
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O Consolador- Emmanuel
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O Centro Espírita- J.Herculano Pires
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Obsessão-Passes-Doutrinação- J.Herculano Pires
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O Evangelho Segundo o Espiritismo-Allan Kardec


O Céu e o Inferno- Allan Kardec
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Obsessão- Emmanuel
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Passes e Irradiações- Edgard Armond


Parnaso de Além túmulo- Francisco Cândido Xavier


Paulo e Estevão- Emmanuel


Quando a Vida Escolhe- Zíbia Gasparetto


Recordações da Mediunidade- Ivonne A.Pereira


Refletindo sobre a Obsessão- Indoval Moreli Heiderick
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Reencarnação- Adenauer Novaes


Renovando Atitudes- Hammed


Renúncia- Emmanuel


Sublime Peregrino- Ramatís


Senzala- Salvador Gentile
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Sexo e Destino- André Luiz


Sinal Verde- André Luiz


Seara dos Médiuns- Emmanuel


Sempre Há Uma Chance- Lucimara Breve


Tambores de Angola- Robson P.Santos


Tormentos da Obsessão- Divaldo Pereira Franco


Um Destino Seguindo Cristo- Manuel Philomeno de Miranda
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Violetas Na Janela- Vera Lúcia M.de Carvalho


Vivência Mediúnica- Manuel Philomeno de Miranda
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Vinhas de Luz- Emmanuel
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Vida e Sexo- Emmanuel
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Voltei- Irmão Jacob


Vivendo No Mundo dos Espíritos- Vera Lúcia M.de Carvalho

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

SE DEUS É TODO PODEROSO, POR QUE PERMITE O SOFRIMENTO?


Uma pergunta que nunca quer calar é esta: sendo todo-poderoso e onisciente, por que Deus não arruma um jeito de evoluirmos sem dor e sem sofrimento, sem tirar nosso livre-arbítrio?

A resposta mais simples seria pensar: se Deus só faz o melhor, é porque esta não seria a melhor forma de fazer a Criação. E como a realidade nos mostra a necessidade da evolução para chegarmos à divinização[1], é isto, também com certeza, o melhor.

Mas quase sempre esta resposta não é aceita, principalmente por que acreditamos em milagre.

E o milagre seria sempre Deus fazer por nós aquilo devemos fazer por nós mesmos. Já que pequenos milagres as igrejas afirmam que o Pai faz, por que não o milagre de nos criar perfeitos?

A verdade é o contrário: ao nos criar simples e ignorantes e permitindo que provoquemos nosso sofrer, nosso Pai deixa claro que não faz milagres.

E que temos sim que trabalhar e nos esforçar pela nossa evolução, equilíbrio e felicidade.

No final das contas, fazer-nos evoluir sem sofrimento seria o mesmo que nos criar perfeitos.
Ora, e por que Deus não nos cria perfeitos?

a) Criando-nos perfeitos, seríamos tudo aquilo que o Pai quereria, e nunca teríamos vontade própria;

b) Seria a Suprema Ditadura.


Mas tendo a onisciência ele não poderia nos criar perfeitos e com vontade própria?

a) Poder para isso ele tem. Mas poder fazer é diferente, já que não seria fazer o melhor, pois, como somos imortais, teríamos uma existência infinita. E o que iríamos fazer durante toda essa eternidade?

b) Sendo tudo perfeito, somente Deus criaria e nós não teríamos o que fazer. Imaginou o tédio?

c) Nós não teríamos o que fazer, pois não participaríamos com nosso Pai da eterna Criação. Seria o eterno ócio;

d) E mesmo Deus não poderia ser feliz, por que só criar filhos perfeitos seria fazer sempre a mesma coisa de toda eternidade;

e) Ainda, encher o infinito espaço da eterna Criação, nos criando perfeitos, seria o mesmo que criar infinitos preguiçosos, que nada teriam a fazer, a não ser ficar louvando a Deus. Poderia Deus ser tão vaidoso?

f) Como, de toda eternidade, o Pai trabalha incessantemente, para sermos Deuses Filhos, perfeitamente semelhantes ao Deus Pai, temos que aprender, também, a trabalhar como ele;

g) E tem mais: para ser supremo, e poder ser Deus, ele tem que ser único; só que para que seja assim, além de termos vontade própria que nos diferencie da dele, nos tornando também únicos, temos que ter a nossa própria capacidade criativa;

h) Porém, criar significa fazer coisas novas, diferentes das de Deus, ou seja, também criarmos coisas diferentes das de Deus, mas também perfeitas, quando na perfeição e na divinização;

i) Seria multiplicar o tédio ao infinito, pois além do Pai, todos nós ficaríamos por toda eternidade fazendo a mesma coisa.

j) Só o processo de evolução pode gerar infinitas e diferentes coisas a fazer, tanto para Deus, quanto para nós;

k) Para evoluir é preciso aprender e só aprende quem não sabe;


Mas na perfeição, também não se evolui?

a) Sim, até a chegada à divinização, quando não evoluiremos mais, pois todos, nessas condições, terão o conhecimento perfeitamente semelhante ao de Deus;

b) Na perfeição não saber não significa imperfeição, mas ter muito a aprender e evoluir até a divinização;

c) Aqui, entra o grande problema: em sua condição de supremacia absoluta, Deus tem que fazer sempre o melhor para nós;

d) Ele teria, com isso, que nos criar já divinos. E, não teríamos o que evoluir, voltando ao tédio;

e) Uma vida eterna de tédio significaria a eterna infelicidade, e nunca seria o melhor para nós;

f) Tem mais: criando-nos perfeitos, nossa vontade não seria semelhante, mas igual à de Deus;

g) E não seríamos Deuses Filhos, mas deuses iguais ao Pai;

h) Deus deixaria de ser único e nós também;

i) Seria impossível imaginar o tamanho do tédio.


Mas se ele nos criasse apenas perfeitos e não divinos? Nós teríamos o que aprender e evoluir e não sofreríamos.

a) É verdade. Porém como vimos no item 3, nesse caso nossa vontade seria igual à de Deus e não desenvolvida por nós;

b) Pois nós já saberíamos, com perfeição como fazer tudo e só teríamos que aprender o que fazer;

c) Ou seja, nos criando já perfeitos, nossa vontade seria a de Deus e não a nossa —novamente;

d) Para termos vontade própria, é preciso aprender não só como fazer, mas também o que fazer.




Deus já nos ensina a sempre fazer o certo em todo processo evolutivo antes do Reino Humano. Então, só nos basta querer fazer o certo.


O que você quer dizer com isso?

A própria natureza nos mostra que só existe o grande pela união dos pequenos.

Tanto o nosso mundo, quanto nosso imenso Universo são feitos da união de miríades de pequeninas partículas de matéria.

A própria existência do espaço e do tempo é efeito da existência relativa de fenômenos materiais.

Seja de matéria do plano físico, etérico, astrais ou mental, são todos fenômenos materiais.

Já os fenômenos que ocorrem com o Espírito propriamente dito, que para não gerar confusão, nós chamamos de Ego, estes por serem gerados do fluido cósmico inteligente, nada têm de material;

Não gerando, assim, efeitos de espaço e tempo em si mesmos;

Sofrendo, porém, os efeitos de tais fenômenos, quando em interação com eles. Deus e nós, quando divinizados, só agiremos sobre as diversas formas de matéria pela ação mental, e nunca por interação.

Sendo então o Ego inteligência pura, só ele pode ser imortal, e na realidade, só ele evolui.

Por mais longo que um fenômeno material possa ser, ele sempre terá um começo e um fim.

Levando-se em consideração que a evolução é um fenômeno irreversível, ou seja, não diminui nunca:

Só o Ego por ser imortal pode evoluir, pois manterá seu estado de evolução por toda eternidade.

Assim a matéria só pode se aperfeiçoar, e nunca evoluir, uma vez que ao terminar o fenômeno material tal “evolução” desaparecerá.

Porém, como em tudo na criação divina, no momento de nossa criação, também somos criados com a capacidade muito pequena de interagir com a matéria.

Lembremos que por sermos imateriais não ocupamos espaço e nem sofremos a ação do tempo.

Assim, começa o Ego sua existência e evolução na forma de “pequenina” mônada, que chamaremos Mônada Primordial.

Nossos orientadores da espiritualidade nos dizem, que tais mônadas começam a evoluir, aprendendo a agir sobre a matéria mental;

Pois é a primeira transformação, e a mais sutil pela qual o fluido cósmico material pode passar.

Depois agem sobre as matérias astrais, a etérica e finalmente, a física.

Continuam a evoluir, ainda como mônadas, no reino microscópico, vegetal, animal, proto-humano, para só então se tornarem Egos humanos.

Não existe um momento fatal em que a mônada deixa de ser mônada, para se tornar um Ego humano.

Isto vai acontecendo gradualmente na fase proto-humana.

Informam-nos ainda nossos orientadores espirituais, que o Ego já é um Ego completo, assim que criado como mônada primordial.

Assim, é incorreto dizer princípio de Ego (ou princípio espiritual).

Dizem ainda que no momento de nossa criação, são colocados em nós todos os atributos de Deus, menos o da eternidade, de sermos incriados e causa primária.

Que tais atributos, por serem iguais aos de Deus, têm que ser perfeitos.

Logo, a Mônada Primordial já tem em si um enorme conjunto de ferramentas perfeitas, que tem que aprender a usar durante a evolução, até atingir a divinização, quando não mais evoluirá.

E não devemos nos preocupar com o volume de ferramentas, pois tanto elas (virtudes), quanto as Mônadas Primordiais são imateriais e não sofrem a influência nem do espaço e nem do tempo.

Durante a perfeição, até a divinização, é que ocorre nosso maior aprendizado, pois já não poderemos mais errar.

Na divinização, em semelhança com Deus, não mais evoluiremos, seremos imutáveis e teremos todo o conhecimento que o Pai tem.

Você não falou como Deus nos prepara para não errarmos!

Comecei a falar, quando falo dos atributos (virtudes) perfeitos como ferramentas;

Mas, em nossa evolução até o reino humano, o fazemos desenvolvendo nossa inteligência instintiva, e a partir da fase animal começamos a desenvolver nossa inteligência emocional e racional.

A Inteligência Instintiva é uma forma automática de aprendermos orientada por leis perfeitas.

São os Instintos se desenvolvendo, desde a Mônada Primordial, até se finalizar no Proto-Humano.

Todos os trabalhos que somos levados a executar com a formação de campos de força para a construção de partículas muito pequenas, desde as mais etéreas, no plano mental, até a agregação mais densa do Fluido Cósmico Material no plano etérico e físico, evoluímos como mônadas, sem vitalizar tais materiais;

Começando a fazê-lo aqui na Terra nos reinos microscópicos, até chegarmos ao humano, formando vidas cada vez mais complexas, tudo isso pelo automatismo perfeito do instinto.

A vida microscópica se unindo aos trilhões, sob o comando dos Egos, para dar forma aos inúmeros corpos inanimados e animados de vida;

Comando esse que opera automaticamente.

Isso explica por que a partir do reino animal, quando começamos a desenvolver nossa inteligência emocional e racional, precisamos passar por processos corretivos de doenças:

É para gravar em definitivo em nossas mentes embrionárias o automatismo correto que evitará que erremos no futuro, apesar de não termos ainda o livre-arbítrio.

Apesar de acharmos, os vegetais não ficam doentes, Apenas servem de alimento, dentro do processo natural.

Informam-nos, ainda, nossos orientadores espirituais, que tal processo apesar de doloroso, não causa sofrimento nos animais, pois a aceitação deles é instintiva, e eles sequer têm a noção de sofrimento.

Ainda, em nosso caso, o que nos causa o sofrimento é nossa revolva com a dor que é o remédio que nos cura, por causa do orgulho e do egoísmo.

Assim, jamais sofreríamos se não anulássemos nossos instintos pela revolta.

Os vegetais, já assenhoreados desses conhecimentos, aprendem a desenvolver o conhecimento da produção de materiais que possam sustentar outras vidas, e ainda a formação de cores e beleza estética que enfeitam os mundos, entre outras coisas.

Tudo isso com o perfeito instinto de doação à natureza.

Em seguida vemos os animais formando vidas ainda mais complexas, num majestoso espetáculo de evolução, definindo de vez o aprendizado com hercúleo esforço na preservação e manutenção da vida.

Entre os insetos, como a abelha e a formiga, vemos o aprendizado de uma perfeita forma de organização social, onde todos trabalham pela preservação da vida de todos, mesmo a custo da própria vida.

Aprendemos, assim, a como nos doar pelo bem estar social, e também, como viver em sociedade.

O mesmo ocorrendo entre os animais superiores, para que este sentido de preservação da vida seja tão forte, que só mesmo uma grande distorção de nosso livre-arbítrio nos faça agir pela destruição da vida.

E tudo isto, é complementado no reino proto-humano, quando por longos períodos de tempo aprendemos a cuidar zelosamente de vidas inferiores.

Esta é a tela enorme da perfeição evolutiva que Deus nos mostra diariamente pela apresentação da ação da Natureza, e que nos negamos a tomar qualquer tipo de conhecimento.

Ensinando-nos desde a Mônada Primordial a como agir sempre certo nos trabalhos que nos farão evoluir, para só então no reino humano nos ir dando o livre-arbítrio e a responsabilidade de nossos atos.

Negar esta MAGESTOSA realidade, que prova a inimaginável SABEDORIA de alguém que organiza tudo isso, DEUS, é mais que cegueira: é a total paralisia de um aprendizado evolutivo de bilhões de anos.

Veja meu caro, o quanto temos que deixar de lado para fazermos um único mal.

Repetimos: bilhões de anos de mecanismos evolutivos, a nos ensinar como fazer o certo.

Qual o tamanho de orgulho e de egoísmo temos que desenvolver em nós para nos tornarmos PARALÍTICOS da CARIDADE e do AMOR?

Que força O ORGULHO e o EGOÍSMO têm que ter, para vencer um aprendizado que levou bilhões de anos para se fixar em nossas mentes? Como dizer que nosso Pai não nos prepara, com conhecimentos e ferramentas, para que nunca venhamos a errar?

É por tudo isso que podemos afirmar que os planetas de Expiação são as exceções na Criação Divina, e nunca a regra.

E as outras formas de inteligência, como ficam?

Falando ainda de nós humanos temos:

A inteligência emocional que nos leva a usar bem nosso conhecimento;

A inteligência racional, que nos leva a aprender e fixar para sempre o conhecimento.

O uso de ambas para o bem nos leva a sermos gradativamente sábios.

Aqui entra a força da inteligência instintiva, que se permitimos e aceitarmos seus reflexos em nosso comportamento, nunca faremos o mal, indo aos poucos a transformando em INTELIGÊNCIA REFLEXIVA, que nos levará a acelerar em muito nossa sabedoria.

Como você vê, adquirir doenças morais é responsabilidade somente nossa, pelo mau uso do livre-arbítrio.

Fazer o que temos feito aqui na Terra por tanto tempo, nos mostra a que ponto chegamos com a distorção de todo esse aprendizado evolutivo:

Transformamo-nos em bárbaros, passando a fazer coisas que nem os animais fazem. Eis o que fizemos conosco usando a nossa já desenvolvida inteligência na prática do mal.

Não é demais dizer que Deus fez a Criação errada, por nos criar seres livres? Até onde vai a nossa irresponsabilidade e preguiça?

Por que fugir ao esforço necessário à nossa cura, já que, como vimos, somos doentes morais, que se não fosse nossa imortalidade, seríamos terminais?

Mas nosso Pai sempre irá nos curar, sem ferir nossa liberdade, e sem jamais nos condenar para sempre.

Por tudo o que vimos, jamais deveríamos sofrer, mesmo tendo que tomar o remédio da dor para nos curar com rapidez.

Sofrer e demorar em nossa cura é responsabilidade apenas nossa, jamais de Deus ou de alguém mais.



Rosino Caporice

[1] Nossos orientadores da espiritualidade têm nos informado que o Espírito não para de evoluir quando atinge a perfeição (estado também chamado por Allan Kardec de Espírito puro). A perfeição não significa deter todos os conhecimentos, porém, apenas os necessários para não mais cometer erros. Pelos ensinamentos de Jesus, somos levados a acreditar que a perfeição indica o pleno domínio das virtudes da Caridade e da Humildade.

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

LUTO: LIDAR COM A DOR DO ADEUS


A morte de alguém que nos é querido traz uma dor profunda e cada um de nós reage e vive esta dor de um modo e num tempo específicos. Lidar com a perda e adaptarmo-nos a uma ausência é o que se chama o processo de luto. Considerando a proposta de Kübler-Ross, no processo de luto passamos por uma fase inicial de negação em que de algum modo continuamos a aguardar um telefonema e cuidamos dos seus bens ("Não é verdade! Não pode ter acontecido…"), não raras vezes passamos por um período de raiva e revolta com a situação ("porquê a mim?! Porque levaram esta pessoa que me é tão querida?!"). Outra fase considerada pela autora é a negociação, em que tendemos a fazer promessas de nos tornarmos 'melhores pessoas' se nos derem de volta a pessoa (ou situação) perdida. Geralmente passamos para a fase de depressão em que vivenciamos a tristeza – esta pode ser reactiva e passageira ou pode tomar proporções de maior gravidade. Um "luto normal" pode levar até cerca de 2 anos e termina na fase da aceitação, em que conseguimos voltar a criar laços e a dedicar-nos à Vida, lembrando-nos de quem partiu com tristeza, mas sem nos devastar emocionalmente.

Cada um de nós passa por estas diferentes fases com maior ou menor intensidade e numa sequência própria (muitas vezes, depois da fase de negociação voltamos à fase de raiva e cólera, ou negação) de acordo com a nossa própria personalidade, a fase de vida em que estamos, a qualidade da relação com a pessoa que perdemos, a causa de morte (morte natural, acidente, suicídio, homicídio ou outro), a idade do falecido, a rede social que temos (familiares, amigos ou profissionais de ajuda com quem podemos falar sobre as nossas emoções). Integramos a perda na nossa vida, guardando memórias de momentos passados com essa pessoa. Aprendemos a cada passo a lidar com a finitude da vida, com a imprevisibilidade e a fatalidade. Aprendemos a criar uma nova relação com a pessoa que saiu fisicamente da nossa vida, transformando a sua presença nas doces memórias que nos confortam.

Há situações em que o luto se mantém durante anos e em que as pessoas não conseguem aceitar ou reorganizar-se emocionalmente. Poderá acontecer entrar numa depressão major, em que há um sentimento não só do vazio no mundo exterior, mas também um vazio interior, um sentimento de desesperança, com impacto significativo na auto-estima É contudo importante lembrar que há inúmeras emoções e sensações que podemos ter que, não obstante poderem parecer bizarras ou indicadoras de doença, são naturais no processo de luto: sentir a presença, pensamentos confusos, sonhos recorrentes e mesmo algum tipo de alucinações visuais e auditivas. É ainda comum haver alterações ao nível físico, como sensação de peito oprimido, alterações do apetite, digestão, sono ou fadiga. Com alguma frequência ocorrem também alterações de comportamentos das pessoas em luto como ansiedade, agitação, isolamento social, falar alto com o falecido, guardar os seus bens, etc. (Worden, J.W., 2004).

A nossa cultura orienta-nos cada vez mais para o ter e acumular, preparando-nos pouco para o que é transitório, para dizer adeus. Quando as pessoas morrem, não voltam. Encarar esta realidade é uma tarefa do processo de luto (Worden, J.W., 2004) e um desafio às emoções que sentimos. Temos dificuldade em aceitar. Queremos ter, não perder ou lidar com o efémero, o que não é constante. Trata-se assim de um desafio para refazer a vida de forma gratificante, com tempo e sem sentimentos de culpa ou dívida. Voltar a criar laços com a vida, com harmonia.

Se experienciamos uma fase difícil em termos emocionais, é incontornável o impacto que tal tem na dinâmica da nossa família. O luto é vivido de uma forma tanto mais saudável, quanto é possível e natural falar da morte, da pessoa que morreu, do que sentimos no velório, no enterro. Do que sentimos ao entrar no quarto do falecido, ao olhar a sua cadeira, as suas flores, a sua roupa, o seu perfume. Quando os elementos da família se sentem à vontade para chorar e falar sobre a morte, a tristeza, a saudade, mais capacitados estão para que o luto seja feito de um modo saudável e encontrem um novo equilíbrio. Os rituais em torno do luto constituem assim, independentemente da cultura em questão, um excelente recurso para encarar a realidade, partilhar o que se sente. Mesmo as crianças têm ganhos do ponto de vista do seu desenvolvimento emocional, quando lhes é explicada com naturalidade a morte, quando podem participar nestes rituais, quando podem expressar o que sentem (Bowen, M., 1991).

Ao perdermos um dos pais ou avós, o cônjuge, um irmão ou um filho, não só sentiremos a falta da pessoa e do que de bom tínhamos naquela relação afectiva, mas também das funções que ocupava em termos práticos: o suporte económico, gestão das tarefas domésticas, as actividades de lazer realizadas em conjunto ou o apoio a outros familiares. Há uma reorganização das tarefas, da economia familiar, do próprio espaço (desfazendo o quarto do filho ou separando as roupas e bens de um dos pais ou avós) e de todo o quotidiano. Realizar estas tarefas familiares, a par das ‘tarefas do luto’ individuais tornam esta fase mais desafiante. Quanto mais a família tiver uma dinâmica de suporte e respeito pelas necessidades individuais de cada elemento, quanto mais flexível e disponível para a mudança, mais ágil e saudável (embora sempre dolorosa) será a reorganização.

Naturalmente que não existe uma forma certa de fazer o luto. Este traz sempre sofrimento. O fundamental é no tempo de cada um, ir avançando e procurando outras formas de lidar com a realidade, com a vida. Por vezes, poderemos sentirmo-nos demasiado sozinhos ou incompreendidos e, nesse sentido, poderá ser útil procurar ajuda profissional através de psicoterapia individual, familiar ou grupos de ajuda mútua (como é o caso da Âncora: apoio a pais em luto).

A dor do adeus tem de ser vivida para que o reencontro com a vida aconteça de forma harmoniosa.

17 PASSOS PARA ENFRENTAR UMA GRANDE PERDA:


Maria José G. S Nery - Psicóloga Clínica
| Colaboradores |


Muitas situações na vida nos trazem a sensação de um mal irreparável, geralmente envolvendo perdas ou grandes mudanças: doenças, morte de alguém, mudança de cidade, de emprego, condição social, separação, perda de um sonho ou ideal e outras. As situações mais dolorosas referem-se à perda de um ente querido.

As pessoas ficam com a sensação de terem sido roubadas em algo a que tinham direito. Passam por um processo doloroso que envolve sofrimento, medo, revolta, raiva, culpa, depressão, isolamento, desinteresse pelas atividades costumeiras ou excesso de atividades (fuga); apresentam sintomas físicos e psicológicos de estresse, podendo até vir a adoecer.

O tempo requerido para o “luto” (fase de maior sofrimento) e a maneira de vivê-lo depende muito das circunstâncias da perda, o significado desta para a pessoa, seu modo particular de lidar com situações de crise, apoio disponível no seu meio familiar e social, como a comunidade onde vive encara esta perda, suas próprias crenças e outros aspectos.

A recuperação de uma perda significativa leva de alguns meses a dois anos e, mesmo aí, alguns aspectos podem continuar não muito bem resolvidos.

Mas, além da tristeza, as situações dolorosas podem fazer com que descubramos em nós mesmos forças antes desconhecidas, faz com que repensemos nossas vidas e nossos valores, passando a perceber o que realmente é importante e o que é supérfluo, e podem nos transformar em pessoas mais ricas espiritual e emocionalmente.

Apesar das pessoas sentirem e reagirem diferentemente, existem pontos em comum nas situações de perda, quando geralmente passam por fases semelhantes. Quando descobrem que estão com uma doença grave ou isto acontece com uma pessoa muito próxima, a morte inesperada de alguém que amam, ou com quase todos os outros tipos de perda, primeiro passam pelo estágio de choque e negação, não querendo acreditar na realidade. Depois vem a fase da raiva, revolta (contra tudo, todos e até contra Deus) e muita mágoa. Mais tarde passam a negociar com Deus e com a vida, tentando fazer trocas e promessas; depois ficam deprimidos, perguntando-se “por que eu?”, “por que ele(ou ela)?”ou “por que comigo(ou conosco)?”.

A seguir a tendência é retrairem-se por algum tempo, afastando-se dos outros, enquanto buscam alcançar um estado de entendimento, paz, aceitação; de aceitar aquilo que não pode ser mudado.(E. Kubler-Ross). Muitos param em determinada fase e não vão adiante na superação da perda que já aconteceu ou, no caso de doença, vai ocorrer; alguns pulam de uma fase para outra, podendo retornar à fases anteriores; outros caminham para a superação. Isto vai depender muito do suporte que recebem do meio, dos amigos, de terapeutas ou orientadores; do entendimento que têm sobre a vida e sua finalidade, de suas crenças filosóficas e/ ou religiosas e outros aspectos.

A Dra Ross estudou também 20 mil casos de pessoas de várias culturas que passaram por experiências de quase morte(EQM), e notou muita semelhança no que percebem naqueles momentos de “morte”, as vivências e sensações são agradáveis e os pacientes percebem que na realidade a morte não existe, é uma passagem para um plano de vida diferente, como a borboleta que deixa o casulo.Se começarmos a ver a vida de maneira diferente, com maior entendimento, veremos que a morte jamais deve representar sofrimento, mas uma continuação da vida e da evolução.

Seguem-se algumas sugestões que podem ajudar nesta fase difícil :-

1-Fale sobre sua perda e sua dor

Nos primeiros meses muitos têm esta necessidade, deixe que os outros saibam que este assunto não deve ser evitado e que lhe faz bem falar sobre isto, abrir-se com alguém de confiança, ajuda no entendimento e na aceitação. Quando os amigos entendem o processo, percebem que ouvindo e compartilhando o sofrimento, estão ajudando; e você vai se sentir melhor desabafando. Entretanto, em algumas situações, ou com algumas pessoas, quando não quiser falar sobre o assunto, também diga isto claramente.

2-Enfrente o sentimento de culpa

Quando se perde alguém importante é difícil sentir que se fez o bastante. Discutir este sentimento com alguém compreensivo e de confiança vai ajudar a distinguir a culpa real e irreal e, aos poucos, esta começa a diminuir. Não pode se sentir responsável por não prever os acontecimentos, ou culpa como se tivesse tido a intenção de prejudicar alguém. Além do mais, temos que aceitar a realidade de que ninguém é perfeito, fazemos o possível de acordo com nossa capacidade.

3-Trabalhe os sentimentos de raiva e revolta

Estes sentimentos existem em face de uma grande perda; é importante percebê-los e expressar os sentimentos de raiva e amargura. Não adianta negá-los ou envergonhar-se deles, são normais e irão desaparecendo com o tempo e a aceitação do fato.

4-Idealização

Há uma fase em que a pessoa pensa em suas falhas como pai, mãe, filho, cônjuge, irmão, namorado ou amigo... e vê a pessoa que se foi como um ser perfeito. Com o tempo, começará a vê-la como um ser humano real, com suas qualidades e defeitos, assim como todos nós.

5-Não se isole

Mesmo que não se sinta à vontade para compartilhar seu sofrimento e prefira ficar sozinho, precisa buscar a companhia de outras pessoas. Amigos e familiares que o estimem podem ajudar muito. Não se esqueça que não está só; muitos o estimam, querem lhe dar amor e conforto, assim como precisam do seu amor e atenção. Isto consola , renova suas forças e ajuda na construção de novos objetivos e, com o tempo, a recuperar a alegria de viver. Estas pessoas podem fazer muito por você e você por elas.

6-Mudança de valores

Diante da morte ou de uma grande perda, a pessoa tende a repensar seus valores, a reavaliar seus objetivos de vida; deixar de lado coisas que anteriormente valorizava e que agora percebe que são insignificantes e/ou fúteis, e a valorizar aspectos que percebe serem realmente mais importantes. Muitas vezes implementa mudanças positivas na sua maneira de ser e de viver, tornando-se menos preocupada com o ter e mais com o SER, evoluindo moral, emocional e Espiritualmente.

7-“Nunca mais serei o mesmo”...

É freqüente haver um grande sofrimento neste pensamento que pode ser real, mas isto não significa que nunca mais possa ser feliz. Embora esta idéia possa parecer inaceitável no período do sofrimento, as transformações podem nos enriquecer. Geralmente é isto que acontece, quando a pessoa aceita trabalhar e superar a fase de mágoa e revolta, decidindo que pode e deve viver o melhor possível.

8-Evite decisões importantes ou grandes mudanças

O primeiro ano após a perda, geralmente não é um período adequado para tomar decisões importantes ou fazer grandes mudanças, a menos que as circunstâncias o exijam. Uma pessoa amargurada tem a capacidade de julgamento diminuída. Se algumas mudanças forem necessárias e inadiáveis, peça a ajuda de alguém competente e não envolvido emocionalmente com os problemas.

9-Reserve períodos e local para lembranças

Não fique o tempo todo pensando e vendo objetos da pessoa que se foi. Coloque alguns pertences dela numa caixa ou armário, não os deixe espalhados.Tente reservar algum período específico do dia (no início), da semana ou do mês, para pensar na pessoa e no seu luto, quando também poderá rever os objetos. Evite fazer isto o resto do tempo, pois nada de bom e útil se consegue com a tristeza contínua. Para algumas pessoas isto não é fácil de conseguir, mas é necessário à sobrevivência e recuperação.

10-Prevendo dias e datas difíceis

É útil saber que vai sentir-se mais triste, solitário e infeliz em certos dias e datas do que em outros, isto mesmo após já ter-se passado algum tempo e com a vida mais estabilizada. Estes dias especiais geralmente envolvem datas de aniversário, Natal, passagem de ano, Páscoa e outros, onde a falta da pessoa se faz mais presente. Planeje passá-los com amigos ou familiares, pois é provável que fique mais triste, choroso e deprimido que em outras ocasiões. Não se isole, é bom que esteja em companhia de pessoas que o estimem.

11-A crença de que a vida transcende nossa estada na terra e num Ser Superior

Desde a antiguidade, a maioria dos povos de todas as regiões do globo,com culturas e religiões diferentes, acredita na imortalidade da alma ou espírito e na existência de um Deus ou “Algo Superior”. Isto é quase que uma intuição que nascemos com ela. Um Ser com Amor Incondicional e Sabedoria, perfeito e justo, não castiga as pessoas, mas sempre quer o seu bem, sua evolução, mesmo que muitos de nós ainda não tenhamos a capacidade para entender o porquê de muitos acontecimentos. Hoje, mais do que nunca, temos tido provas da imortalidade do espírito e de que tudo na vida tem um propósito positivo, que nada acontece por acaso. Mesmo que não seja religioso, esta crença traz consolo. Pensar que a pessoa não acabou, mas apenas deixou seu corpo e transferiu-se para um tipo de vida diferente, em outro plano, faz com que as pessoas sintam-se melhor diante da perda; e significará que a separação é temporária, não definitiva.

É importante saber que pudemos desfrutar da companhia de algumas pessoas especiais, mesmo que por breve tempo, que nos deixam muita saudade...Só se tem saudade daquilo que foi muito bom..

12-Culpa por sentir-se bem

É comum as pessoas não se permitirem alegria após uma grande perda, não aceitando convites de amigos, ou evitando atividades agradáveis. Não lute para continuar sendo ou parecendo infeliz. Perceba que sentir-se contente, ter novos objetivos, não é deslealdade nem significa que não ama ou está esquecendo o ente querido. Conseguir prazer em algo significa que está trazendo um pouco de alívio ao seu sofrimento; retomando ou recomeçando a construir sua vida. Além disso, se a pessoa que se foi o estima, com certeza gostaria de vê-lo bem e não sofrendo, preferiria vê-lo contente e isto lhe daria mais tranquilidade. Procure investir em seu bem estar, engajando-se em atividades produtivas e que lhe são agradáveis, e poderá tornar sua vida melhor ainda do que antes, se aprendeu algo com o acontecido, se cresceu com o sofrimento e compreensão do que é realmente mais importante na vida.

13-Reajuste-se à vida e ao trabalho

Tirar alguns dias ou semanas para reequilibrar-se e, depois, uma folga ocasional, quando necessário, é perfeitamente normal. Mas as atividades devem ser retomadas assim que for possível, pois são importantes no processo de recuperação. Seja paciente consigo mesmo, porque nos primeiros meses sua capacidade física e mental podem não ser as mesmas. Deve diminuir sua carga horária ou o número de atividades, se sentir que é excessiva; mas a inatividade prolongada faz as pessoas repetirem ou prolongarem a fase depressiva sem nenhum benefício. Com o tempo poderá também perceber que é importante utilizar um pouco da sua energia em uma atividade que possa ajudar outras pessoas e/ou instituições, saindo um pouco de seu pequeno mundo e percebendo a importância e bem estar que traz ajudar ao próximo, de conseguir tornar outros um pouco mais felizes e menos carentes física e psicologicamente.

14-Liberte-se de expectativas irreais

Acreditar que a vida deveria ser diferente, não envolvendo escolhas dolorosas, sofrimentos e perdas é irreal e só traz revolta, o que só prejudica. Tornando nossas expectativas quanto a nós mesmos, aos outros e à vida mais realistas, fica mais difícil nos frustrarmos e mais fácil nos adaptarmos. Ninguém passa por situações que não mereça, por puro acaso; nem enfrenta uma carga maior do que a que tenha capacidade para carregar. Saber que não vivemos num mundo desorganizado e que existem leis universais, “nada acontece por acaso”; tudo tem uma razão de ser justa e produtiva, nos leva a encarar os acontecimentos (com relação a nós e aos outros envolvidos), mesmo os mais difíceis, como oportunidades de aprendizagem e crescimento.

15-Integrando a perda

As pessoas não “têm” que ser “vítimas”, qualquer que seja a perda, por pior que tenha sido. Situações de muito sofrimento podem ser transformadas em aprendizado. É preciso deixar de lado as perguntas centradas no passado (que é imutável) e no sofrimento (“Por que isso aconteceu comigo”?) e começar a fazer perguntas que abrem as portas para o futuro:- “Agora que isto aconteceu o que posso e devo fazer? O que posso aprender com isto? O que posso fazer para Ser e sentir-me melhor?” Geralmente quando chegamos à fase da aceitação, atingimos a compreensão e crescemos com a experiência, a dor se vai. Fica a saudade de uma pessoa com a qual convivemos e que nos proporcionou bons momentos e ensinamentos, tanto com suas qualidades, como com seus defeitos; com a qual compartilhamos uma parte de nossa vida. Só se tem saudade de algo que foi bom ou nos trouxe algo de positivo. Deve ser mais triste não ter de quem sentir saudade, seja de uma pessoa deste ou de outro plano.

16-Pesar excessivamente longo

Quando um sofrimento excessivo consome alguém por mais de um ano, geralmente o problema principal não é a perda em si, mas algum outro aspecto que precisa ser entendido. Muitas vezes isto ocorre quando havia uma dependência excessiva em relação à pessoa que se foi, quando a culpa por algum motivo é um componente muito forte na situação, problemas emocionais pessoais ativados ou reforçados pela perda ou outras razões significativas. Amigos, conselheiros ou um psicólogo podem ser necessários neste caso.

17-Procure ajuda profissional, se necessário.

A maioria dos que procuram ajuda de psicoterapeuta não são doentes mentais, são pessoas comuns enfrentando problemas, passando por uma crise e muitas delas sofrendo uma perda. Um profissional da área é alguém com quem você pode dividir seu sofrimento, sua revolta, seu medo, suas lembranças dolorosas, sua culpa e seus conflitos; que pode compreendê-lo e ajudá-lo. As sessões de terapia podem ajudá-lo também a tomar decisões práticas que o farão sentir-se melhor. Você pode precisar de apenas algumas sessões, muitos meses para superar a fase mais difícil, ou mais tempo; tudo vai depender do significado individual da perda, da maneira como reage às crises e à terapia.

No início do pesar, uma das formas mais comuns de manifestar o sofrimento é resistir a crescer com ele. A vida pode ser prejudicada ou fortalecida por uma perda. Ninguém permanece o mesmo. Cada situação é única e só a própria pessoa pode buscar e encontrar respostas relativas ao “outro eu” e à outra vida que vão emergir.

Cada pessoa decide se vai ou não crescer com essa experiência dolorosa , e quando.




Maria José G. S Nery- Psicóloga Clínica



Psicoterapia Cognitiva, Transpessoal e Regressiva
E mail:-majonery@yahoo.com.br, zezegomes@hotmail.com
Campinas- SP -Brasil

COMO SUPERAR O LUTO:


O LUTO É UM PROCESSO QUE OCORRE IMEDIATAMENTE APÓS A MORTE DE ALGUÉM QUE AMAMOS. NÃO É UM SENTIMENTO ÚNICO, MAS SIM UM CONJUNTO DE SENTIMENTOS E EMOÇÕES QUE REQUER UM TEMPO PARA SEREM DIGERIDOS E RESOLVIDOS E QUE NÃO PODE SER APRESSADO, CADA UM DE NÓS TEM UM "TEMPO EMOCIONAL" QUE DEVE SER RESPEITADO. APESAR DE SERMOS INDIVÍDUOS COM CARACTERÍSTICAS PRÓPRIAS, A FORMA COMO VIVENCIAMOS O LUTO É MUITO SEMELHANTE NA MAIORIA. PARA TRATAR DESTE ASSUNTO CONTAREMOS COM A PRESENÇA DA PSICOLOGA ESTELA NORONHA QUE VAI ESCLARECER AS NOSSAS DÚVIDAS.


1) QUANDO O INDIVÍDUO ESTÁ EM PROCESSO DE LUTO RECEBE UMA ENXURRADA DE EMOÇÕES. INICIALMENTE COMO LIDAR COM O LUTO ASSIM QUE ELE ACONTECE?

Psicóloga: Vivendo o luto, não há outra forma. Segundo estudiosos do luto há 05 fases no processo da aceitação da morte e da vivência do luto: a negação, a raiva, a barganha, a depressão e finalmente, a aceitação ou a conciliação. Segundo Kluber-Ross, autora de vários livros sobre o tema, esses estágios não são necessariamente subsequentes um do outro e podem ser vividos ao mesmo tempo.

Jung, psicólogo de base analítica já dizia: não há despertar da consciência sem dor. As pessoas farão de tudo, chegando ao limite do absurdo para evitar enfrentar a sua própria alma. Mas, ninguém se torna iluminado por imaginar figuras de luz, mas sim ao se conscientizar da escuridão. Aqui no caso, ao se conscientizar do luto, da perda e da necessidade de reestruturar a vida a partir de um novo contexto, que é a aceitação da ausência de um ente querido. Não há como passar pelo processo de luto sem se conscientizar da dor da perda.


2) UM DOS SENTIMENTOS MAIS RECORRENTES É A CULPA, COMO LIDAR COM ELA?

Psicóloga: A culpa segundo a filosofia dos nossos tempos é uma herança cultural herdada dos gregos e incorporada á cultura cristã ocidental (por conveniência teológica). Uma boa forma de se lidar com ela é conhecer sua origem. Se pensada e aceita como algo próprio da condição humana, e entendida como algo constituinte de nossas experiências as quais não escapa humano algum, ela por si já estará minimizada. No entanto, pode haver um segundo sofrimento: a dor da culpa autoinfringida. Ela nasce da interpretação que fazemos do nosso sofrimento primário ao trata-lo como algo injusto e imerecido – (autocompaixão, por exemplo). Ao proceder assim, atribuímos a nós mesmos a RESPONSABILIDADE por culpas e dores inevitáveis, como se fôssemos os CAUSADORES das infelicidades “naturais” que sobre nós se abatem. Desta forma, o que torna o sofrimento da culpa e da dor insuportável, doentio e “apequenador”, não é a culpa e as perdas que contem, mas a interpretação que fazemos dessa culpa e dessas perdas. Do sofrimento da culpa e da dor, enquanto parcela da vida, não nos podemos “curar”, mas podemos libertar-nos de crenças doentias sobre o sofrimento, do sofrimento como má consciência, como sublimação, como desvalorização da experiência humana ou da vida. A culpa, neste instante e para a humanidade ainda é parte integrante de cada ser. A questão é como se conviver com ela. Temos a chance e os recursos para entendê-la (de forma genérica pela filosofia e de forma particular pela psicologia).


3) APÓS A DOR DA PERDA, COMO VOLTAR A ROTINA E COMO SE REESTABELECER?

Psicóloga: Através da superação e aceitação do fato ocorrido, não há outro caminho. Mas, superar não é esquecer. Significa aceitar e continuar a viver. A superação só se dá a partir de um longo processo e ela não significa esquecer, fingir que não aconteceu ou ainda não sentir dor quando lembrar. Segundo Maria Helena Franco coordenadora do Laboratório de Estudos e Intervenções sobre o Luto, da PUC-SP, a literatura específica diz que o trabalho de luto, o tempo que a maioria das pessoas levam para lidar com a ausência do ente falecido, gira em torno de um a dois anos. Minha experiência demonstra que uma boa maneira de reestabelecer a rotina é trabalhando. Porque o trabalho impede a pessoa render-se a paralisia, ao desanimo e principalmente, a não justificar o fracasso pela ausência do ente querido. Mas, cuidado para não se enganar! Há pessoas que se entregam de uma forma tão profunda a rotina estafante de trabalho, que na verdade ela acaba por adiar e não viver o tempo do luto, tão necessário para superá-lo. Já tive um cliente “wokaholic” que julgava ter superado a perda do filho, quando na verdade ele sequer conseguia refletir sobre a perda. O trabalho deve entrar nesse contexto como uma tarefa que auxilia a pessoa a continuar a rotina de a sua vida, não como simples evitação da tomada da consciência da dor. Cada um demonstra a dor a seu modo. Retomar a sua vida não significa, necessariamente, que a pessoa já tenha superado, ma sim que ela continua a viver. O trabalho, bem dosado é uma forma de continuar a viver.


4)PARA AS CRIANÇAS: COMO LIDAR COM A ESCOLA E COM A DOR DA PERCA EM UMA FASE TÃO PREMATURA?

Psicóloga: O luto para crianças, embora não possam compreender o significado da morte antes dos três ou quatro anos, eles podem sentir a perda de parentes próximos da mesma forma que os adultos, podem chorar e sentir uma grande angústia. Porém, em crianças, diferentemente dos adultos, as fases do luto podem transcorrer mais rapidamente. Em idade escolar as crianças podem experimentar o sentimento da culpa mais intensamente, podem se sentir responsáveis pela morte de um parente próximo e, dessa forma, necessitar de uma atenção mais especial.

Os jovens podem não falar ou se queixar de sua dor, com medo de adicionar sofrimentos adicionais aos adultos à sua volta. Assim, um apelo especial se faz sobre o sofrimento das crianças e adolescentes e de suas necessidades diante do luto. Em geral a recomendação psicológica é para que escolares e adolescentes devam ser naturalmente incluídos na cerimônia funeral.


5)QUANDO O LUTO PASSA A SE TORNAR UM PROBLEMA?

Psicóloga: Geralmente, as pessoas que me procuram devido ao luto, estão presas a um estado prolongado de sofrimento. Ou seja, sofrendo por no mínimo um a dois anos, ou ainda, preso numa das 04 fases no processo da aceitação da morte, que são: a negação, a raiva, a barganha e a depressão. Porque apesar dessas fases serem importantes no processo de luto, elas ainda demonstram uma ligação com um passado difícil de superar. Em outras palavras, torna-se um problema, quando a pessoa não entra na fase final do luto, chamada de aceitação ou conciliação que é, resumidamente, desapegar-se da pessoa que morreu e iniciar um novo tempo de vida. É importante ressaltar que na fase de reconciliação o sentimento de perda não desaparece completamente, mas ele é atenuado e as crises de pesar, antes intensas, tornam-se menos frequentes e mais suaves. À medida que o enlutado começa a integrar-se a vida novamente, emerge a esperança de continuar a viver. É possível perceber que, embora a pessoa que morreu jamais virá a ser esquecida, a vida pode e deve continuar a ser vivida.


6) Como a sociedade se comporta em relação ao luto?

Psicóloga: Numa cultura hedonista, da busca do prazer pelo prazer, as pessoas enlutadas são encorajadas pela sociedade e pela impaciência da nossa cultura, a deixar para trás a experiência do luto. Como resultado, temos duas situações: ou o enlutado vive seu processo em silêncio e solitariamente, devido a pressão social ou força-se a abandona-lo, antes de ter completado o ciclo do luto. Aqueles que permanecem expressando tristeza por um determinado tempo, ou mesmo demonstram seu sofrimento através do choro são considerados fracos e inconvenientes. Amigos e familiares, bem-intencionados, porém desinformados e inconformados com esse estado de espírito, tentam fazer com que o enlutado desenvolva autocontrole, através da sublimação da dor. Supõem que essa seja socialmente a atitude mais adequada. A pressão social acaba, infelizmente, por alimentar a repressão emocional do enlutado. Para enfrentar essa pressão o enlutado passa a apresentar comportamentos socialmente aceitáveis que contrariam sua necessidade psicológica. Mascarar ou fugir do luto causa ansiedade, confusão e depressão. Se a pessoa enlutada receber pouco ou nenhum reconhecimento social para sua dor, poderá temer julgamentos sociais, ou ainda, julgar que seus pensamentos e sentimentos sejam anormais, o que nem sempre ocorre. Já atendi pacientes com largos sorrisos no rosto, mas profundamente deprimidos. Nesse momento pode-se acentuar a depressão, e o perigo está na permanência prolongada desse estado. A depressão é uma vilã da vida que tira o enlutado das atividades rotineiras como trabalho, convívio social, saúde, lazer e prazer em viver. Por isso, não nos deixemos levar para cultura hedonista pura e simplesmente. A dor é para ser vivida, entendida e o mais importante, superada, jamais ignorada ou negligenciada.


7) QUANDO PROCURAR UM PSICÓLOGO?

Psicóloga: O luto vira o mundo da pessoa de cabeça para baixo e é uma das experiências mais dolorosas. Apesar disto, é uma parte da vida que todas as pessoas estão fadadas e geralmente não requer atenção profissional. A depressão pode fazer parte do processo. O perigo desse estágio é o tempo de permanência contínua e o agravamento do quadro depressivo. Em pessoas com depressão prolongada ou com antecedentes de transtorno afetivo ou do humor, recomenda-se ajuda terapêutica. O psicólogo é um profissional capacitado que não irá ignorar a sua dor, apressar sua recuperação a qualquer custo, nem julgá-lo. Tive um paciente com ótima recuperação quando se permitiu em sessão terapêutica, pela 1ª vez, expressar toda a sua raiva e sua angústia, caindo num choro compulsivo. Ali se iniciou um belo processo terapêutico de conciliação dele com a sua história. Essa é a função do psicólogo: estar ao seu lado para auxiliá-lo a passar adequadamente por todas as fases do luto, mas sempre respeitando o ritmo de cada SER. Um bom profissional ajudará o enlutado a ter senso de confiança e energia renovado, ajudará a desenvolver habilidade para reconhecer totalmente a realidade da morte e a capacidade de se tornar envolvido novamente. O enlutado poderá reconhecer que, embora difícil, a dor e o pesar são partes necessárias do viver. No entanto, a dor sentida vai deixar de ser onipresente e aguda, para se transformar em um sentimento de perda que pode ser reconhecido e com significados e propósitos renovados, pois quando o enlutado começa a mergulhar no trabalho do luto, ele irá se reconciliar com ele. Por fim, o psicólogo ajudará aquele que sofre a ter compreensão intelectual, mas, sobretudo elaborar aspectos emocionais e por que não dizer, também espirituais. Ou seja: além de entender na mente, o psicólogo ajudará a entender no coração uma verdade inequívoca: que o ente querido morreu.


8- Como os amigos e os parentes devem se comportar com uma pessoa enlutada?

Psicóloga: Em todos os casos que atendi, é unanimidade que ajudar um enlutado não é dizer frase do tipo: “bola pra frente”, “a vida continua”, “logo, logo você esquece e parte pra outra”. Geralmente essas são palavras banais causam muita irritabilidade para a pessoa que está sofrendo. Porque se interpreta que o outro é incapaz de entender o tamanho da sua dor. Mas, familiares e amigos podem ajudar não tanto pelas palavras de conforto, muitas vezes mal colocadas, mas sim com a presença solidária durante o tempo de sua dor e de sua angústia. Bem como podem oferecer-se para ajudar na manutenção da rotina doméstica. Um ombro amigo, compreensivo e mesmo silencioso expressará grande apoio quando as palavras não são suficientes. É importante dar para as pessoas tempo suficiente para se lamentarem, não apressem o ritmo do enlutado, não ignore sua dor, apenas seja um ombro amigo e presente.

A dor é suportável quando conseguimos

acreditar que ela terá um fim e não quando fingimos

que ela não existe.´

Allá Bozarth-Campbell

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