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quarta-feira, 15 de junho de 2016

A DOR E A PERFORMANCE:





A dor e a performance


… no Rio de Janeiro, nos últimos meses alguns jovens de classe média alta se suicidaram de forma violenta e inesperada, causando uma grande comoção entre amigos e familiares. Portanto, a primeira questão que se impõe é por que tantos suicídios acontecem com jovens bem-sucedidos na atualidade. Isso não quer dizer, evidentemente, que não ocorram suicídios como esses em faixas etárias outras.


… é necessário o reconhecimento de que se trata de um fenômeno complexo, que exige uma reflexão que lance mão de um conjunto de saberes, para que não se caia numa banalização psicologista e psicopatológica desse acontecimento limite. Com efeito, é preciso aludir não apenas à teologia e à política, como também ao arsenal das ciências humanas.
… não se pode esquecer que o suicídio é um ato proibido por uma longa tradição religiosa no Ocidente, pois, se Deus nos concedeu a vida, só ele teria o poder de retirá-la.


…como se pode reconhecer, a interdição do suicídio conjuga intimamente uma dimensão religiosa com uma dimensão política, de forma que a vida seria regulada pelo poder de Deus e do Estado. Não é, pois, espantoso que o suicídio seja objeto de estigma, provocando horror na população em geral e nos familiares e amigos dos suicidas. No que concerne a isso, é preciso reconhecer que se a perda de alguém que nos é próximo, seja amigo ou familiar, nos é sempre dolorosa, a morte por suicídio é trágica. Com efeito, para esses casos a pergunta que sempre se impõe é se não poderíamos ter impedido o desfecho trágico, se não ficamos cegos e surdos aos múltiplos sinais enviados pelo sujeito. Portanto, a culpa é inevitável entre aqueles que foram próximos dos sujeitos que se mataram, culpa essa que vai marcar suas vidas. Enfim, se os suicidas tiveram que fazer a transgressão limite para realizarem seu ato fatal, pelos interditos religiosos e políticos que delineiam o campo dessa experiência, os familiares e amigos se sentem igualmente responsabilizados por não terem impedido o desfecho.


Foi na tradição individualista moderna que o suicídio se transformou num ato maldito. Em decorrência disso, a figura do suicida se transformou na figura do anti-herói e mesmo do covarde, isto é, daquele que não teve coragem para suportar os obstáculos que a vida lhe impôs. Por isso mesmo, nessa configuração antropológica o ato suicida foi transformado num sintoma grave de perturbação psíquica, associado principalmente à experiência da melancolia, mas podendo também ser inserido em outras psicoses.


Contudo, toda essa discussão na atualidade assume novos aspectos cruciais, considerando-se as condições psíquicas do sujeito na contemporaneidade. Assim, face à feroz competição generalizada que existe hoje no contexto social do neoliberalismo, em que a performance se colocou como um imperativo fundamental, a promoção de si mesmo se impôs como uma marca indiscutível da subjetividade contemporânea. Superar os adversários se transformou numa moral disseminada, implicando uma aceleração das formas de viver que são correlatas da aceleração do tempo que se impõe no fluxo das mercadorias e das informações em escala global. Nesse contexto, cada indivíduo se transformou numa microempresa para promoção de si mesmo e da venda de seus produtos, sejam esses materiais ou imateriais, numa multiplicação assintótica de suas performances.


Não é por acaso que o consumo de drogas, sejam essas lícitas ou ilícitas, se transformou numa forma de vida. Com efeito, por esse consumo os indivíduos procuram promover sua performance para estar à altura da competição frenética existente no espaço social. Face a esse excesso intensivo, o sujeito fica turbinado, mas, em contrapartida, nem sempre dispõe de instrumentos simbólicos para lidar com isso. Os efeitos disso são múltiplos, nas tentativas dos sujeitos de lidarem com tais excessos. Se esses forem descarregados sobre o corpo podemos reconhecer a origem das múltiplas doenças psicossomáticas na atualidade, assim como da síndrome do pânico.




Não é espantoso que as taxas de suicídio se incrementem nesse contexto, marcado pela incerteza e perplexidade. Além disso, não é inesperado que os jovens estejam mais expostos a esses processos, pois tendo que construir seus percursos no espaço de alta competitividade, muitos deles infelizmente sucumbem.
(trechos do artigo de Joel Birman - O Estado de S. Paulo)

sexta-feira, 10 de junho de 2016

DESENCARNAÇÕES COLETIVAS:





Emmanuel
Sendo Deus a Bondade Infinita, por que permite a morte aflitiva de tantas pessoas enclausuradas e indefesas, como nos casos dos grandes incêndios?
(Pergunta endereçada a Emmanuel por algumas dezenas de pessoas em reunião pública, na noite de 23-2-1972, em Uberaba, Minas).

RESPOSTA:

Realmente reconhecemos em Deus o Perfeito Amor aliado à Justiça Perfeita. E o Homem, filho de Deus, crescendo em amor, traz consigo a Justiça imanente, convertendo-se, em razão disso, em qualquer situação, no mais severo julgador de si próprio.

Quando retornamos da Terra para o Mundo Espiritual, conscientizados nas responsabilidades próprias, operamos o levantamento dos nossos débitos passados e rogamos os meios precisos a fim de resgatá-los devidamente.

É assim que, muitas vezes, renascemos no Planeta em grupos compromissados para a redenção múltipla.

***

Invasores ilaqueados pela própria ambição, que esmagávamos coletividades na volúpia do saque, tornamos à Terra com encargos diferentes, mas em regime de encontro marcado para a desencarnação conjunta em acidentes públicos.

Exploradores da comunidade, quando lhe exauríamos as forças em proveito pessoal, pedimos a volta ao corpo denso para facearmos unidos o ápice de epidemias arrasadoras.

Promotores de guerras manejadas para assalto e crueldade pela megalomania do ouro e do poder, em nos fortalecendo para a regeneração, pleiteamos o Plano Físico a fim de sofrermos a morte de partilha, aparentemente imerecida, em acontecimentos de
sangue e lágrimas.

Corsários que ateávamos fogo a embarcações e cidade na conquista de presas fáceis, em nos observando no Além com os problemas da culpa, solicitamos o retorno à Terra para a desencarnação coletiva em dolorosos incêndios, inexplicáveis sem a reencarnação.

***

Criamos a culpa e nós mesmos engenhamos os processos destinados a extinguir-lhe as conseqüências. E a Sabedoria Divina se vale dos nossos esforços e tarefas de resgate e reajuste a fim de induzir-nos a estudos e progressos sempre mais amplos no que diga respeito à nossa própria segurança.

É por este motivo que, de todas as calamidades terrestres, o Homem se retira com mais experiência e mais luz no cérebro e no coração, para defender-se e valorizar a vida.

***

Lamentemos sem desespero, quantos se fizerem vítimas de desastres que nos confrangem a alma. A dor de todos eles é a nossa dor. Os problemas com que se defrontaram são igualmente nossos.

Não nos esqueçamos, porém, de que nunca estamos sem a presença de Misericórdia Divina junto às ocorrências da Divina Justiça, que o sofrimento é invariavelmente reduzido ao mínimo para cada um de nós, que tudo se renova para o bem de todos e que Deus nos concede sempre o melhor.

(Transcrito do livro: XAVIER, Francisco C. Autores diversos. Chico Xavier pede licença. S.Bernardo do Campo: Ed. GEEM. Cap. 19).

TERAPIA DE VIDAS PASSADAS (TVP)


A Terapia de Vidas Passadas (TVP), é uma técnica terapêutica, que consiste em trazer à consciência, recordações de experiências traumáticas vividas em outras vidas, na infância ou até na própria gestação, trabalhando essas recordações de uma forma terapêutica, de forma a não causarem perturbações na vida actual do paciente!


A dor psíquica radica-se na alma! É lá que se encontram os registos mais profundos de todo o sofrimento, ou traumas vividos noutra época. É necessário chegar até esses registos e libertá-los, ou seja, tratá-los, de forma a que estes não incomodem, ou não limitem a vida actual. A TVP, não é nada mais nada menos do que, um encontro directo com a alma. Quando isso acontece, não só conseguimos resolver as dores do passado, como também, ao libertar-se dessas mesmas dores, conseguimos alcançar uma consciência mais pura do sentido desta vida!


Quando se fala em TVP, normalmente associamos imediatamente aRegressão. Para que não existam dúvidas, a TVP funciona como uma terapia, ou seja, durante a sessão o terapeuta vai trabalhando todos os medos e fobias que o paciente revela possuir, enquanto que a Regressão leva o paciente apenas a tomar conhecimento de outras vidas. De uma forma geral, tanto a TVP ou a Regressão, são formas de alcançar o mais profundo do nosso ser, e tomar consciência de alguns medos ou traumas dos passados, com a diferença que a TVP, é usada sempre com a finalidade terapêutica, e mais profunda!

A TVP não obriga a hipnose. O paciente apenas está num estado de relaxamento profundo, mas sempre em estado de lucidez e contacto verbal com o terapeuta! Para se alcançar o sucesso numa TVP, deve existir muita confiança entre o terapeuta e o paciente.


A TVP é aconselhada para:
Tratar fobias;
Tratar medos;
Depressão;
Abandono de Vicios;
Bloqueios;
Sentimentos de Culpa;
Fracassos (campo afectivo ou material);
Perturbações de Conduta;
Agressividade;
Distúrbios sexuais;
Tendências suicidas;
Problemas de relacionamentos familiares;
Doenças psicossomáticas (asma, alergias, broncoespasmos, psoríase...);
...

A TVP, não só resolve os nosso medos, fobias ou traumas, como também nos liberta da agressividade, trazendo uma consciência mais serena de encarar a vida, e um melhor entendimento do que se passa nela!

A frequência e a quantidade de sessões, depende de cada paciente e do problema a trabalhar. Tendo em conta que deve existir um laço de confiança muito forte entre o paciente e o terapeuta, muitas vezes pode acontecer que na primeira sessão não se consiga obter resultados satisfatórios.

Tratando-se de uma primeira vez, ou, no caso de não conhecer a paciente, reservo uma parte da primeira sessão para falar com a paciente. Questionar e perceber o seu estilo de vida, e perceber exactamente se a paciente se encontra preparada para este tipo de terapia. E numa segunda parte, testar a sua capacidade de relaxamento profundo.

Muitas vezes, devido a um estilo de vida saudável (o praticar desporto, fazer outro tipo de terapias como meditação, etc..), na primeira sessão conseguimos aceder a registos da infância, e até mesmo de outras vidas. Mas é evidente, e quero que fique bem claro, que isso depende apenas do paciente e da sua capacidade de entrega!

Após algum exercicio de respiração, usando a imposição das mãos sobre a testa (terceiro olho), induzo o paciente num estado de relaxamento profundo, mas consciente, e sempre em contacto verbal. Após garantir segurança no processo, usando um 'escudo protector de luz', o paciente sente-se em segurança para 'investigar' o seu passado, sabendo que nada o pode perturbar! Como o paciente deve criar responsabilidade em sim próprio, perante comportamentos e atitudes que se depara ao longo da sessão, não é usada a hipnose, permitindo assim, como já foi dito, que fique em plena lucidez durante a sessão, conseguindo identificar e perceber os seus medos e traumas passados.

- Quantas vezes, questionamos o facto de não nos relacionarmos adequadamente com os nosso pais? - Quantas vezes, questionamos por não ter uma relação ideal?Ou por não ter encontrado alguém? - Quantas vezes, questionamos a vida que levamos? - Quantas vezes, questionamos o facto de parecer conhecer alguém que nunca tinhamos visto antes?

Através da TVP, pode conseguir respostas a todas estas questões!

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