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quinta-feira, 31 de maio de 2012

JAMAIS TE ESQUECEREI....

Jamais irá apagar
O tempo pode passar 



Mas sempre irei lembrar

De nossos momentos 


Selados nos sentimentos

 
A sua importância 


Será saudosa lembrança. 


É um pedaço de mim


Por isto sou assim


A tua presença é marcante

 
Te penso a todo instante.


Mora dentro de meu Ser


É a razão do meu viver


E nada pode mudar

 
Jamais irá apagar.


Ninguém vai substituir


O que o coração vive a sentir.


Em cada olhar 


Lá vai estar


Em cada sorriso


Sentirei comigo.


Fez parte de minha alegria


Hoje mesmo sendo nostalgia


Um enorme bem faz


Mesmo com dor, tenho paz.

quarta-feira, 30 de maio de 2012

É PRECISO SOFRER...



É preciso sofrer...

Muitas vezes falamos (e com razão) que não podemos jogar a dor, tristeza, sofrimento, embaixo do tapete quando estamos vivendo o processo do luto. Explicando melhor: quando não nos permitimos sofrer não conseguimos voltar para vida plenamente. Quando não vivenciamos a dor na sua plenitude, resulta num estado que se chama melancolia que, de certa forma, nos persegue pela vida.


Permitir viver a dor não significa necessariamente que este estado seja constante. Você vai perceber que há momentos que a dor dá uma trégua. Neste momento, é um espaço para as férias do luto. Então, aproveite porque a dor voltará.

Faça as coisas que lhe dão um certo prazer (meditar, ouvir música, ler, caminhar...). Estas são combustíveis para esta fase difícil da vida.

Rilke, no livro “Cartas a um jovem poeta” fala da importância da tristeza:


- como as doenças tratadas superficialmente e à toa, as tristezas apenas se escondem e, depois de leve pausa, irrompem muito mais terríveis. Juntam no fundo da alma e formam uma v ida não vivida... Se nos fosse possível ver além dos limites do nosso saber, talvez suportássemos nossas tristezas com maior confiança que nossas alegrias...

- ... por isso é tão importante estar só e atento quando se está triste.

- ... por se terem os homens revelado covardes nesse sentido... a morte, estas coisas tão próximas de nós têm sido tão excluídas da vida...

- ... se uma tristeza se levantar na sua frente, tão grande como nunca viu... deve pensar que a vida não o esqueceu, que o segura em sua mão e não o deixará cair.
(Alice D.Quadrado)

MICHEL... AMOR ETERNO... QUE SAUDADES



Tua ausência?

Eu a suporto como
 
quem, estando viva, 

já morreu;como folha 

seca que a árvore 

expeliu ao vento.

Tua ausência é um 
]
doer contínuo e 

latejante, ferida 

profunda que 

ninguém vê
,
sangue que escorre 

por dentro.
 
saudades meu amor!


COMO PODEM AJUDAR OS AMIGOS E FAMILIARES ANTE O LUTO?



COMO PODEM AJUDAR OS AMIGOS E FAMILIARES?

A família e os amigos podem ajudar a pessoa em luto passando um tempo com ela. Não se trata de falar com ela sobre o sucedido, mas antes de tudo, de estar com ela e demonstrar que estão presentes para o que for necessário neste período de dor e tristeza. É importante que a pessoa em luto, se necessitar, tenha alguém com quem chorar e falar sobre a perda sentida, sem que o receptor lhe esteja permanentemente dizendo para se recompor e refazer a sua vida. Com o tempo, elas recompor-se-ão, mas antes disso terão de chorar a pessoa perdida e de falar sobre ela.


O enlutado pode se manter sempre no mesmo assunto, ao invés de o censurar, é importante perceber que este processo deve incluir estas fases porque só dessa forma poderá ser ultrapassado. Só desta forma terá a oportunidade de nos dizer o que deseja e como se sente.


Não nos devemos esquecer que datas importantes (o dia do aniversário, do casamento, etc.) poderão ser particularmente difíceis de reviver. Não exija que o enlutado participe ativamente destas comemorações. Respeite seu estado emocional e esteja junto dele apoiando para que não sinta sozinho. É importante dar o tempo necessário à pessoa em luto para que o possa ultrapassar, pois de outra forma poderá vir a ter problemas no futuro.





:: publicado por Alice Lanalice às 08:58

terça-feira, 29 de maio de 2012

ANTE O ALÉM

ANTE O ALÉM

A vida não termina
Onde a morte aparece.

Não transformes saudade
Em fel nos que se foram.

Eles seguem contigo,
Conquanto de outra forma.

Dá-lhes amor e paz,
Por muito que padeças.

Eles também te esperam
Procurando amparar-te.

Todos estamos juntos,
Na presença de Deus. 


Emmanuel
(página do livro “O Essencial”, de Francisco Cândido Xavier)

DEUS DE INFINITA BONDADE

DEUS DE INFINITA BONDADE

Meimei



Puseste astros no céu e colocaste flores na haste agressiva... A mim deste os filhos e, com os filhos, me deste o amor diferente, que me rasga as entranhas, como se eu fosso roseira espinhosa, que mandasses carregar uma estrela!...

Aceitaste minha fragilidade a teu serviço, determinando que eu sustente com a maternidade o mandato da vida; entretanto, não me deixes transportar, sozinha, um tesouro assim tão grande! Dá-me forças, para que te compreenda os desígnios; guia-me o entendimento, para que a minha dedicação não se faça egoísmo; guarda-me em teus braços eternos, para que o meu sentimento não se transforme em cegueira.

Ensina-me a abraçar os filhos das outras mães, com o carinho que me insuflas no trato daqueles de que enriqueceste minha alma!

Faze-me reconhecer que os rebentos de minha ternura são depósitos de tua bondade consciências livres, que devo encaminhar para a tua vontade e não para os meus caprichos. Inspira-me humildade para que não se tresmalhem no orgulho por minha causa. Concede-me a honra do trabalho constante, a fim de que eu não venha precipitá-los na indolência. Auxilia-me a querê-los sem paixão e a servi-los sem apego. Esclarece-me para que eu ame a todos eles com devotamento igual.

No entanto, Senhor, permita-me inclinar o coração, em teu nome, por sentinela de tua benção, junto daqueles que se mostrarem menos felizes!... Que eu me veja contente e grata se me puderem oferecer minha parcela de ventura, e que me sinta igualmente reconhecida se, para afagá-los, for impelida a seguir nos caminhos do tempo, sobre longos calvários de aflição!...

E, no dia em que me caiba entregá-los aos compromissos que lhes reservaste, ou a restituí-los às tuas mãos, dá que, ainda mesmo por entre lágrimas, possa eu dizer-te, em oração, com a obediência da excelsa Mãe de Jesus:

“Senhor, eis aqui tua serva! Cumpra-se em mim, segundo a tua palavra!...”



Página recebida pelo médium Francisco Cândido Xavier, em reunião da Comunhão Espírita Cristã

SAUDADE E DOR SE COMPLETAM...

Um dia eu quis, um poema escrever 

Que falasse de saudade... uma saudade diferente


Procurei as palavras e sem perceber

,
Escrevi sobre a dor que me faz sofrer...

..
Dor causada pela saudade de alguém ausente...

Saudade e dor se completam...




Uma sem a outra não existe...


Saudade e dor nossa alma machucam.

..
Às vezes, embora escondidas, o nosso olhar triste 


Revela que ambas, ali continuam...

Esse poema é minha dor e saudade, 


Escrito com as lágrimas que rolam 


De minha alma sem felicidade.

..
Onde só dor e saudade moram...


TE AMO MUITO FILHO E  SEMPRE TE AMAREI...

segunda-feira, 28 de maio de 2012

HOMENAGEM Á ANDRÉ, FILHO DA AMIGA CORAGEM IRENE, AMIGA QUE DEUS NOS DÊ FORÇAS!!!


AQUI UMA FOTO COM UMA MENSAGEM, FEITOS  PELA  AMIGA  IRENE QUE  EMBORA  TODA  A DOR,  FEZ EM  HOMENAGEM Á  SEU  LINDO  FILHO, POIS  DIA 22  DE  MAIO DE 2.012, COMPLETOU  7  ANOS  DE  SAUDADES, E,  SOMENTE  AQUELE  QUE  PASSA  PELA  MESMA  DOR SABE  O  QUANTO  ESSA SAUDADE A  CADA  DIA  AUMENTA  MAIS E DILACERA  COM  UM  POBRE  CORAÇÃO DE  MÃE...

AMIGA, NADA TENHO  A  TE FALAR, PORQUE NESSA  HORA,  O  SILÊNCIO COMPARTILHADO  DA MESMA  DOR  É A MELHOR  PALAVRA, SOMENTE  ROGO Á  DEUS  QUE  NOS  DÊ  FORÇA E MUITA  CORAGEM  PARA  NÓS  SEGUIRMOS  EXISTINDO  SEM  NOSSOS  AMORES.. DIGO EXISTIR, E NÃO  VIVER, PORQUE  QUEM PERDE  UM  FILHO NÃO VIVE  MAIS,  APENAS SEGUE  EXISTINDO  POR AMOR  Á  DEUS....

PEDAÇO DE MIM, HOMENAGEM A ANDRÉ, FILHO DA AMIGA VILMA:


Pedaço de mim

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Pedaço de mim

Simone

Composição : Chico Buarque
Oh pedaço de mim, oh metade afastada de mim
Leva o teu olhar que a saudade é o pior tormento
É pior do que o esquecimento, é pior do que se entrevar

Oh pedaço de mim, oh metade exilada de mim
Leva os teus sinais que a saudade dói como um barco
Que aos poucos descreve um arco e evita atracar no cais

Oh pedaço de mim, oh metade arrancada de mim
Leva o vulto teu que a saudade é o revés de um parto
A saudade é arrumar o quarto do filho que já morreu

Oh pedaço de mim, oh metade amputada de mim
Leva o que há de ti que a saudade dói latejada
É assim como uma fisgada no membro que já perdi

Oh pedaço de mim, oh metade adorada de mim
Leva os olhos meus que a saudade é o pior castigo
E eu não quero levar comigo
A mortalha do amor
Adeus...

quinta-feira, 24 de maio de 2012

QUE SAUDADE DE VOCÊ MEU FILHO, MEU AMOR, MEU TRUE LOVE....


SAUDADES,  CHORA  CORAÇÃO...
Saudades eternas

Uma mãe orfã de seu filho....

Filho, queria aproveitar o momento
Para satisfazer o pensamento
E te falar francamente
Mesmo com você ausente.
O quanto é importante
Ter você presente
Filho, quero lhe agradecer
Por ter sido meu Filho
E neste instante te dedicar
Estas poucas palavras
O grande Filho, que DEUS me deu,
Para eu vivenciar
E com ele aprender a amar
Filho, queria lhe dar um beijo
Mas não encontro jeito
Um abraço, cadê seus braços?
Queria lhe falar, mas de nada adiantaria
Onde está jamais escutaria
Filho, sei que não é tua culpa,
Não é culpa de ninguém,
Já faz tanto tempo que com DEUS foi morar
Sei que onde está, sempre estará me guiando
Nós passos que vou dar
Filho, não esqueço de você nenhum só momento
Quando a saudade aperta e machuca
Elevo meus pensamentos ao vento
Para que ele leve um forte abraço
Através do espaço,
Pois não sei onde te acho
Filho, nesta hora me acalmo
Apesar da distância separar dois corpos
Jamais separará dois corações
Filho, às vezes me pego pensando em você
E viajo num sonho de amor e carinho
Nesta hora eu sinto a brisa do vento
Trazendo o retorno do abraço
Que no espaço achou aonde não te acho
Filho, quando a brisa do vento
Toca delicadamente em minha face
Sinto sua presença, seu cheiro
Apesar de não me tocar,
Você veio através do vento me abraçar
Filho, neste momento deixo a imaginação
Tomar conta do sentimento
E aproveito para que o vento
Me aproxime de você. Lentamente
Passo a passo, até lhe encontrar
Para que possamos nos abraçar
E a saudade matar
Filho, que falta você faz
Queria voltar o tempo atrás
Para lhe dizer:
"FILHO, EU TE AMO DEMAIS"


CREDO, parece mentira, parece um pesadelo, não dá para acreditar que eu estou sem você  meu True Love e mesmo assim, terei  que  continuar  a viver...
Logo tu, que era o único ser dentro desse Universo que me entendia, você que me aceitava, ou me aturava, do jeitinho que sou, logo você que  era  a razão do meu viver, pois foste a  felicidade  que  meu  coração conheceu em toda a minha vida...

não, não, como queria ficar louca, ter aminésia, sei lá, qualquer coisa que me faça passar um segundo sem pensar em você meu amor...só para não sentir essa dor
meu pensamento viaja e lembro de nós dois em São Luís, MA, feliz estágio de amor e companheirismo que Deus me deu, hoje eu entendo tudo...

HOMENAGEM Á DANIEL, FILHO AMADO DA AMIGA VÂNIA:


 
        O melhor NATAL DO MUNDO é aquele em que na árvore de Natal não tem nenhum enfeite chamado SAUDADE e nem neve fabricada de LÁGRIMAS.                                
Sobrevivendo dia a dia ....A Saudade.
          
"Como é bom contemplar o céu, interrogar uma estrela e pensar que ao longe, bem longe, um outro alguém contempla este mesmo céu,
essa mesma estrela e murmura baixinho: "Saudade!""
                
     
                                   
                               
A VIDA É MINHA MAIS O CORAÇÃO SÃO SEU...
 O SORRISO É MEU MAIS O MOTIVO SÃO VOCÊS

quarta-feira, 23 de maio de 2012

TRANSMISSÃO AO VIVO NA INTERNET DA APARIÇÃO DE MARIA EM PORTUGAL:


Transmissao ao vivo na internet da Apariçao de Maria em Portugal‏






Transmissao ao vivo na internet da Apariçao de Maria em Portugal‏


Queridos Irmãos e Irmãs, Filhos e Filhas de Maria,
Que a Paz da Mãe Divina esteja com todos vocês neste dia!
Queremos comunicar a todos que, por um pedido específico da Mãe Divina, as Aparições que acontecerão nos dias 25 e 26 de maio, na cidade de Fátima, Portugal, serão transmitidas ao vivo, via internet, de forma livre para todos os irmãos que desejarem acompanhar este momento tão especial e esperado por todos.
Abaixo, segue um breve texto explicativo sobre os passos a seguir para acessar a transmissão, que estará disponível na página www.divinamadre.org/aovivo  a partir das 16h30 dos dias 25 e 26 de maio, até o término da reunião, no fuso horário de Portugal.
Para os irmãos e irmãs que estão no Brasil, a transmissão estará disponível a partir das 12h30, no horário de Brasília, devido à diferença de fuso horário.
Informações técnicas
O endereço de acesso para assistir a transmissão pela internet é:
Para saber se  seu computador e seu navegador estão em condições de acessar a transmissão, antes dos dias das Aparições, indicamos acessar um endereço na internet para fazer um teste. Visite o endereço abaixo:
Quando acessar este endereço, experimente clicar no botão “play” dentro do quadro do vídeo. Se puder assistir as imagens e escutar o áudio, o teste foi bem sucedido.
Para assistir a transmissão das Aparições, pode-se utilizar qualquer navegador, tais como Internet Explorer, Firefox, Google Chrome ou Safari, além de qualquer outro dispositivo como iPad, e outros tablets, i-Phone, Smartphone, Blackberry e outros.
A velocidade mínima de acesso recomendado é de 1Mbps, que todos conhecem como 1 Mega. Recomendamos o uso de um computador moderno, com navegador atualizado e com o programa de vídeo Adobe Flash Player.
Para mais informações, escreva para:
Que nestes próximos dias de Aparições, possamos estar todos unidos em oração, junto a Nossa Mãe Divina, independentemente do lugar no mundo onde nós estejamos.
Que a mensagem de Maria, Mãe da Divina Concepção de Trindade, possa tocar nossos corações e transformar nossas vidas em Espelhos de Paz e Harmonia, atributos que deveremos irradiar para todos aqueles irmãos e irmãs que encontremos no caminho, através da oração sincera.
Unidos ao Imaculado Coração de Maria, saudamos a todos fraternamente.
Paz
Equipe da Voz e Eco da Mãe Divina

quarta-feira, 16 de maio de 2012

TRISTEZA PERTURBADORA:


Tristeza Perturbadora

Conquanto brilhe o sol da oportunidade feliz, abrindo campo para a ação e para a paz, a sombra teimosa da tristeza envolve-te em injustificável depressão.Gostarias de arrancar das carnes da alma este espinho cravado que te faz sofrer, e, por não o conseguires, deixas-te abater.
Conjecturas a respeito da alegria, do corpo jovem, dos prazeres convidativos, e lamentas não poder fruir tudo quanto anelas.
A tristeza, porém, é doença que, agasalhada, piora o quadro de qualquer aflição.
A sua sombra densa altera o contorno dos fatos e das coisas, apresentando fantasmas onde existe vida e desencanto no lugar em que está a esperança.
Ela responde pela instalação de males sutis que terminam por desequilibrar o organismo físico e a maquinaria emocional.
*
Luta contra a tristeza, reeducando-te mentalmente.
Não dês guarida emocional às suas insinuações.
Ninguém é tão ditoso quanto supões ou te fazem crer.
A Terra é o planeta-escola de aprendizes incompletos, inseguros.
A cada um falta algo, que não conseguirá conquistar.
Resultado do próprio passado espiritual, o homem sente sempre a ausência do que malbaratou.
A escassez de agora é conseqüência do desperdício de outrora.
A aspiração tormentosa é prova a que todos estão submetidos, a fim de que valorizem melhor aquilo de que dispõem e a outros falta.
Lamentas não ter algo que vês noutrem, todavia, alguém ambiciona o que possuis e não dás valor.
Resigna-te, pois, e alegra-te com tudo quanto te enriquece a existência neste momento.
Aprende a ser grato à vida e àqueles que te envolvem em ternura, saindo da tristeza pertinaz para o portal de luz, avançando pelo rumo novo.
*
Jesus, que é o "Espírito mais perfeito" que veio à Terra, sem qualquer culpa, foi incompreendido, embora amando; traído, apesar de amar, e crucificado, não obstante amasse...
Desse modo, sorri e conquista o teu espaço, esquecendo o teu espinho e arrancando aquele que está ferindo o teu próximo.
Oportunamente, descobrirás que, enquanto te esqueceste da própria dor, lenindo a dos outros, superaste-a em ti, conseguindo a plenitude da felicidade, que agora te rareia.
* * *
Franco, Divaldo Pereira. Da obra: Momentos de Coragem.
Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis.
Salvador, BA: LEAL, 1988.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

ENQUANTO HÁ TEMPO...




























Enquanto há tempo...
Beije quem você ama
Enquanto há tempo
Abrace seus amigos
Enquanto há tempo
Realize seus sonhos
Enquanto há tempo
Curta muito seus filhos
Enquanto há tempo
Aprenda novas lições
Enquanto há tempo
Leia bons livros
Enquanto há tempo
Viaje a novos destinos
Enquanto há tempo
Diga “eu te amo”
Enquanto há tempo
Seja feliz!
Enquanto há tempo
Viva. Pois você nunca sabe
quando este tempo termina...
O destino é o presente
E o presente
é você quem faz ! 

sábado, 12 de maio de 2012

AS MÃES DE CHICO XAVIER, ESSA REPORTAGEM DEDICO EM HOMENAGEM Á TODAS ÁS MÃES QUE COMO EU DEVOLVERAM SEU FILHO (A) AMADO (A) Á DEUS...


As mães de Chico Xavier

Elas perderam seus filhos de forma trágica, buscaram consolo nas cartas psicografadas pelo médium mineiro e mudaram o curso de suas vidas depois desse encontro

Rodrigo Cardoso e João Loes
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Certa vez, o carioca Chico Buarque de Holanda debruçou-se sobre um papel e rabiscou “Pedaço de Mim” (1978). Dizia a letra da canção: “Ó metade de mim / Ó metade arrancada de mim / Leva o seu olhar / Que a saudade é o pior tormento / Que a saudade é o revés de um parto / A saudade é arrumar o quarto / Do filho que já morreu.” Só mesmo um poeta para verbalizar de maneira precisa o que uma mãe sente quando enterra um filho. Um outro Chico, de sobrenome Xavier – nascido Francisco Cândido Xavier (1910 – 2002), em Pedro Leopoldo, Minas Gerais –, passou a vida confortando mães, pais, avós, enfim, pessoas que perderam entes queridos. E o fazia afirmando, também por meio de rabiscos a lápis em folhas em branco, a continuidade da vida além do corpo em um outro plano, o espiritual. Com o seu trabalho psicográfico, o médium Chico Xavier patrocinou mudanças na vida de milhares de brasileiros. Além de consolar, despertava as pessoas para a dor alheia e as ensinava a trocar o luto desesperador pelo cuidado com aqueles que, ao redor, sofriam tanto quanto ou mais do que elas.
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“O Chico me tirou de um pesadelo““Querido papai Wilson e querida mamãe Chiquinha”, riscou Chico Xavier em letras grandes e arredondadas. Era sexta-feira, 18 de outubro de 1980. A carta, mais uma das psicografias feitas pelo médium naquele dia, seria lida mais tarde pelo próprio Chico para êxtase de Francisca Ruiz Dellalio e Wilson Dellalio, pais de Eduardo Ruiz Dellalio, morto quatro meses antes, aos 18 anos, em um acidente de moto a quatro quadras de sua casa, no bairro do Tatuapé, em São Paulo. Era o primeiro texto que recebiam. “Estava pensando em férias sem qualquer sombra nas ideias, quando o choque me surpreendeu”, continuou a carta, que coincidia com o que os pais vinham conversando com o filho na época do acidente. 
Eduardo era mais do que o único filho de dona Chiquinha e seu Wilson. Das dez gestações de Francisca, cinco resultaram em aborto, duas em crianças natimortas, uma em um menino que morreu com uma semana de vida e a outra em uma menina, Kátia, que faleceu com pouco mais de um ano. “Até receber a primeira mensagem do Eduardo, simplesmente não vivia”, lembra Chiquinha, que costumava acordar de madrugada e correr, aos prantos, para cheirar as roupas do filho no armário. “O Chico me tirou de um pesadelo”, atesta. “Ele foi a minha salvação.” Do homem que lhe deu conforto com 22 mensagens e quase 300 páginas de texto psicografado, Chiquinha, hoje com 69 anos, guarda lembranças dignas de uma devota que conheceu seu Deus. “Perto dele você não sentia o chão. Me segurava em cada palavra que ele dizia.” Uma carta em especial tocou fundo Francisca. Na mensagem de número sete, o filho repetiu uma expressão comum apenas entre eles. “Esticar minhas andanças” era o que Eduardo dizia quando queria um complemento da semanada dada pelo pai para que pudesse passear mais com os amigos nos finais de semana. “Nem o pai sabia disso, só eu e ele”, diz, emocionada. “Ainda sinto o cheiro do perfume dele pela casa”, lembra.
As cartas que Chico psicografou a familiares durante sua trajetória mediúnica, iniciada em 1927, aos 17 anos, são um dos legados mais marcantes do maior líder espírita da história do Brasil. Por meio delas, pessoas já falecidas teriam estabelecido contato com aquelas que, aqui, morriam de saudade. Em 2 de abril se encerram as comemorações do centenário de nascimento do médium mineiro. Um dia antes, entra em cartaz “As Mães de Chico Xavier”, dos diretores Glauber Filho e Halder Gomes, que retrata o sofrimento de duas mães que perderam seus filhos e de uma que, ainda grávida, tem o pai de sua filha morto em um assalto. Mais do que esses relatos inspirados em histórias reais e no livro “Por Trás do Véu de Ísis” (Ed. Planeta), de Marcel Souto Maior, o filme é feliz ao retratar como as mulheres passam a reagir melhor às perdas e, desse modo, a levar uma vida mais normal, depois que recebem, por meio do médium, mensagens vindas do plano espiritual (leia texto sobre o filme na pág. 75).

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“Meu desafio é não morrer de tristeza“
Quem vê a professora aposentada Célia Diniz, 60 anos, falar e agitar-se sem esconder o sorriso ou deixar o cansaço dar as caras não imagina a quantidade de reveses que ela encarou. Casada há 35 anos, Célia foi mãe, nessa ordem, de Agnaldo, Mariana e Rangel em um intervalo de três anos, entre os 27 e os 30 anos. Em 1983, presenciou a morte do caçula, então com três anos. Há cinco, enterrou a única filha, aos 27. Rangel sucumbiu depois de cair da bicicleta e bater a cabeça. Mariana, de dengue hemorrágica. Os pais de Célia, Lico e Lia, foram amigos de Chico Xavier e presidiram o Centro Espírita Luiz Gonzaga, fundado pelo médium em Pedro Leopoldo (MG). Hoje, é a professora aposentada quem ocupa esse posto. Espírita de berço, Célia foi moldada pela doutrina. Mas a dor também machuca as mães espíritas. “Quando chegou a minha vez, lembro de estar passando a mão na testa e no cabelinho de Rangel, já no caixão, e perguntar para a minha mãe como ela tinha dado conta disso oito vezes (a mãe de Célia perdeu oito dos 18 filhos)”, conta ela, que ouviu de Lia que a filha só daria conta se segurasse na mão de Nossa Senhora. “Não foram as palavras da minha mãe que me confortaram, mas a vida dela depois das perdas. Ela era uma mulher feliz, pacificada, carinhosa...” 
É a esperança de um reencontro com os filhos que joga Célia para a frente – Rangel, um ano após falecer, comunicou-se com ela e os familiares em uma carta psicografada por Chico. Ser a melhor pessoa possível para merecer essa bênção a faz dar palestras e ser atuante em casa e no centro Luiz Gonzaga. 
“A maior dor de uma mãe é quando o sofrimento do filho não passa mais com um beijinho. Após a morte de Mariana, meu desafio é não morrer de tristeza.” E Célia demonstra que , com a força da fé, a normalidade e a felicidade pontuam a sua rotina.
É ponto pacífico entre leigos e especialistas: o luto de uma mãe que perdeu o filho é o mais difícil de ser enfrentado. “É o vínculo mais forte que existe”, afirma Vera Lúcia Dias, mestre em psicologia clínica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), terapeuta das perdas e do luto, além de autora da tese de mestrado “Mensagens Psicografadas e Luto” (PUC-SP, 2002) e do livro “Quando a Morte nos Visita – Uma Leitura Psicológica dos Processos de Luto e da Busca por Mensagens Psicografadas”, a ser lançado em junho de 2011. Mineira de Uberaba, a psicóloga assistiu durante anos ao fenômeno das mães que buscavam as cartas de Chico Xavier em sua cidade. “As senhoras que ouvi para minha tese diziam que vinham buscar notícias dos filhos”, conta. Em sua pesquisa qualitativa, todas elas foram unânimes em dizer que receber as mensagens trouxe conforto e alívio. “Uma mãe que perde um filho se faz muitas perguntas – onde ele está, se está bem, etc. E as psicografias dão um certo conforto nesse sentido”, afirma.

Essa atividade consoladora de Chico passou a ser reconhecida nacionalmente quando o médium vivia em Uberaba, para onde se mudou em 1959, aos 49 anos. Foi em 1972, depois de participar do programa de televisão “Pinga Fogo”, que ele assistiu a uma caravana de brasileiros baterem à sua porta à procura da certeza de que pessoas queridas seguiam vivendo após a morte. Psicografar cartas, porém, era uma prática que o acompanhava desde os anos 30, ainda em Pedro Leopoldo. Com 17 anos, o mineiro psicografaria a primeira mensagem, assinada por um espírito amigo. Nesse mesmo dia, receberia uma carta assinada pela própria mãe, Maria de São João de Deus, que havia morrido quando ele tinha 5 anos. Segundo a médica Marlene Nobre, presidente da Associação Médico-Espírita do Brasil (AME-BR), a psicografia de Chico era inconsciente. É como se ele se doasse por inteiro para que o espírito comunicante falasse por si com total individualidade. Coautora com Paulo Rossi Severino e a equipe da AME-SP de “A Vida Triunfa”, que analisa a natureza da mediunidade do mineiro, Marlene explica que Emmanuel, o guia espiritual de Chico, funcionava com uma espécie de filtro e selecionava os espíritos que estivessem preparados para passar uma mensagem positiva. “Ele escolhia aqueles prontos para fazer recomendações, como a de ajudar os mais carentes”, diz. “O espírito do filho trabalharia junto aos pais nessa missão caritativa. Ajudar, portanto, era uma forma também de os pais se aproximarem do filho que partiu.” De fato, no conteúdo das mensagens sempre havia o chamado para que se cuidasse da dor do próximo.
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“O Chico é tudo na minha vida“
“Desde menina achava que morreria aos 42 anos”, conta Lucy Ianez da Silva, hoje com 80 anos. “Não morri”, diz. “Mas perdi meu filho aos 42.” José Roberto Pereira da Silva, primogênito de Lucy, morreu no dia 8 de junho de 1972, aos 18 anos, em um acidente de trem entre Mogi das Cruzes e São Paulo. O jovem, que morava com a família na capital, escolheu estudar medicina na cidade vizinha justamente pela necessidade da viagem de trem, de que ele tanto gostava. “Desde criança, antes de carrinho e de bola, a preferência do José Roberto era o trem de ferro”, diz Lucy. Quis o destino que ele morresse dentro de um.
Meses depois do acidente, o pai do garoto, que abandonara o trabalho, ia três vezes por dia ao cemitério, enquanto Lucy tentava se recuperar do irrecuperável na casa da mãe. “Fui criada no seio católico: morreu, purgatório, céu, inferno, essas coisas”, enumera. “Não tinha alento.” No auge de seu desespero, uma amiga a convenceu a ir até Uberaba. Nas duas primeiras visitas não veio nada, mas na terceira tudo mudou. “Mãezinha, o que se perdeu foi o retrato que um dia, em verdade, deveria desaparecer”, dizia José Roberto na primeira carta que mandou, em 29 de setembro de 1973. Outras 20 seguiriam. “Não queira morrer para reencontrar-me porque eu prossigo vivendo. Estamos juntos, só que de outra forma”, reiterou. Lucy voltou a sorrir, continuou retornando a Uberaba por duas décadas atrás de notícias do filho e sempre foi atendida.
“O Chico é tudo na minha vida”, diz ela. “Nunca vi alguém como ele e nunca verei mais.” A católica Lucy passou a frequentar centros espíritas com afinco e a trabalhar nas obras sociais ligadas à religião, tanto em São Paulo quanto em Minas Gerais. No começo da década de 90, parou de visitar Uberaba. 
“A gente já tinha tanto, não queria pegar o lugar de mães que iam sempre e nunca recebiam nada.” Hoje, a saudade que mareja os olhos azuis de Lucy não é mais só do filho e do marido, que já morreu – ela inclui Chico Xavier.
Ampliar o conceito de família, passando a cuidar de outros filhos, de pessoas que não eram sangue de seu sangue, é o que une a trajetória das mães que receberam mensagens de seus filhos por meio de cartas psicografadas por Chico Xavier. “Só há uma maneira de sair inteiro de uma tragédia como a nossa: esquecer um pouco de si e tentar fazer a vida ao redor ser um pouco melhor. A energia que recebo das pessoas que ajudo me alimenta”, conta a professora mineira aposentada Célia Diniz, 60 anos, que perdeu dois filhos e cuja história inspirou uma das personagens no filme “As Mães de Chico Xavier” (leia o perfil dela e de outras mães ao longo desta reportagem). Coordenadora do laboratório de estudo sobre o luto da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Maria Helena Franco reconhece o uso das mensagens psicografadas como uma maneira de viver o luto. “Se tem sentido para elas, é digno de estudo para nós”, afirma. Mas a preocupação nunca será a de descobrir se as mensagens são ou não verdadeiras. “O que nos impele a estudar o fenômeno são as motivações das pessoas que vão até os centros espíritas atrás de mensagens psicografadas.”
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“O que me ajudou a continuar vivendo foi o Chico“
Quando Shirley Rodrigues recebeu a notícia de que seu filho, Sidney, havia cometido suicídio enquanto dava plantão no quartel da Aeronáutica no qual servia, em São Paulo, não acreditou. Segundo ela, o menino de 18 anos não teria razões para isso. “Além da dor da morte, fiquei com a dor da dúvida”, lembra ela, na época com 40 anos e hoje com 74. Católica, Shirley resistiu aos primeiros convites de uma amiga para visitar Chico Xavier, mas, no desespero, acabou aceitando. “Lá, descobri que só de estar ao lado dele me sentia viva de novo”, diz ela, que visitou Uberaba seis vezes antes de receber a primeira mensagem de Sidney, 19 meses depois daquela quinta-feira, 2 de dezembro de 1976, quando ele morreu. “Não cometi suicídio”, garantia o texto, que descrevia o tiro que matou Sidney como acidental. A foto do filho, estampada em uma medalha no peito da mãe, se mexe com o soluçar de Shirley, que chora sempre que lê as cartas. 
O garoto disse que lustrava a arma quando ela escapou de sua mão, caiu no chão e disparou. O projétil ricocheteou até acertar a base de seu crânio, do lado esquerdo. No texto ele pedia, ainda, para que os pais assinassem os laudos oficiais, mesmo que apontassem suicídio, e assim encerrassem o assunto. “Feito isso espero retornar-me à tranquilidade de que necessito”, dizia Sid, como era chamado, do além. 
Assim foi feito, em nome da tranquilidade do filho e da família. Mas, apesar de querer acreditar, Shirley ainda tinha dúvidas quanto ao que ouviu de Chico. “Eu pensava que ele dizia essas coisas para me confortar”, conta. A segunda carta, segundo ela, acabou com as dúvidas ao citar o nome de familiares já mortos que estariam guiando Sid no além. “O que me ajudou a continuar vivendo foi o espiritismo e o Chico”, garante Shirley. “Sem isto não teria aguentado.”
A mãe diz sentir a presença do filho de quando em quando, mas lamenta nunca ter tido a oportunidade de vê-lo, como outras já viram. “Acho que não devo estar pronta”, lamenta.
Até os anos 90, Chico Xavier demonstrava uma disposição impressionante nas reuniões públicas de psicografia do Grupo Espírita da Prece, que ele fundou em Uberaba. As sessões ocorriam nas noites de sexta-feira e sábado e eram presenciadas por cerca de 500 pessoas – sentadas, debruçadas na janela e em pé ao redor da casa. Os trabalhos tinham início com a leitura de trechos do “Livro dos Espíritos” e do “Evangelho Segundo o Espiritismo”, do criador da doutrina espírita, Allan Kardec. A psicografia começava às 20h e seguia até as 4h. Chico colocava no papel cerca de dez mensagens por dia – algumas de até 70 páginas, segundo Nobre, da AME–BR. “Ele fazia questão de ler carta por carta e entregá-las aos familiares. Ao final da sessão, ainda contava causos, abraçava as pessoas e fazia graça com o próprio sofrimento”, conta o empresário Geraldo Lemos Neto, 49 anos, amigo que auxiliou Chico em suas reuniões entre 1985 e 1991. Segundo Neto, que hoje administra a Casa de Chico, um centro de referência sobre a vida do médium mineiro em Pedro Leopoldo. Todo ano o líder espírita fazia questão de psicografar uma mensagem endereçada às mulheres no Dia das Mães. Sabia que, às mães, reconhecer um filho em suas cartas era acreditar de uma vez por todas que a vida continua, que o amor segue existindo, mas a morte não. Ao proporcionar a elas a alegria de ter o filho de volta pela psicografia, o mineiro injetava poesia no coração das mulheres, tal como seu xará carioca, de sobrenome Buarque.
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“Ele ajudou, mas minha vida perdeu a cor“
“Não fui atrás de uma mensagem, minha esperança era entrar no centro e reencontrar meu filho”, admite a paulistana Neusa Collis, 69 anos, sobre a motivação da viagem a Uberaba no final de 1984. Em outubro, seu primogênito, Antônio Martinez Collis, então com 24 anos, foi assassinado durante um assalto. Nos meses que se seguiram, ela emagreceu 30 quilos, mal saía do quarto e se recusava a ver a luz do dia. “Eu estava revoltada com Deus”, resume Neusa, que era católica e hoje é espírita.
No primeiro encontro com Chico Xavier, Neusa não recebeu mensagem do filho. Mas ela insistiu. Lembrava que, uma semana antes de morrer, Antônio havia contado que sentia sua morte se avizinhar. Seria sinal de maturidade espiritual? Talvez. A confirmação viria quatro meses depois, em fevereiro de 1985, quando o filho se comunicou através do médium de Uberaba. “Você é a rosa da minha vida”, leu Chico Xavier, em carta endereçada à Neusa. Naquele momento, a mãe teve certeza de que a mensagem era dele. “Quando ainda era vivo, escolhi uma rosa e disse para mim mesma que ela o representaria”, lembra. Era muito mais prova do que ela precisava para legitimar o contato, que se estendeu por mais alguns recados psicografados por outros médiuns, na época único alento para a dor que sentia. 
Hoje Neusa já não lê mais as cartas do filho – a lembrança machuca mais do que conforta. Sai pouco do apartamento onde vive, a algumas quadras de onde Antônio foi morto, diz ter perdido a vaidade, embora continue uma senhora distinta e cuidada, e não consegue cantar parabéns nem nas festas dos netos.“O espiritismo foi o único lugar onde tive respostas”, afirma. “Ajudou, mas minha vida perdeu a cor”, resigna-se, observando um porta-retratos com a imagem do filho. “Um dia nos reencontraremos”, diz, convicta.

 

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