Páginas

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

A DOR DE UMA PERDA

A  DOR  DE  UMA  PERDA

Não existe dor maior que a da perda de um ser querido, um ser amado, um ser que se amoldou conosco em uma vida e que nos é retirado e levado. Levado para onde, como, até quando ? Todos perguntam isso, todos anseiam por resposta mediante suas lágrimas. Não há consolo, não há palavras, não há resignação quando nos toca a dura realidade.
Mas será isso um injustiça Divina ? Será isso uma forma de castigo, de punição, ou será justamente o contrário, uma forma de crescermos, de ampliarmos nossa visão, de sentirmos mais apuradamente cada sentimento, de nos tocarmos mais e observarmos mais atentamente a vida em que estamos ? Sim, o sofrimento, a perda de um ente amado, estendido em uma urna fria e dura, não nos consola, não nos dá momentaneamente a compreensão que deveríamos ter.
Não, apelamos a Deus para nos juntar ao ser querido, queremos que o tempo volte atrás, que coisas que ficaram por dizer possam ser pronunciadas, que carinhos escondidos possam ser vertidos em afagos múltiplos, que desculpas possam ser pedidas e que razões inúmeras nos tragam o ser de volta. Tudo isso pensamos e queremos, mas nos esquecemos de que a vida que ora se afasta de nós é a falsa, a encoberta por véus, e que na verdadeira vida nos encontraremos outra vez, e que então poderemos dizer todas as palavras esquecidas, dar todos os beijos não dados e ofertar todo o carinho contido.
A dor fica, a separação é cruel, mas, quando a compreensão é maior, a aceitação se acelera e encobre em parte todos esses momentos, todas essas tristezas, e irão assomar na lembrança os bons momentos, os inesquecíveis e atenuantes duelos de amor, de carinho e de recíproca compreensão.
Deus não nos deixaria de dar o céu e nos lançaria no inferno, pois a Sua magnitude é ampla, e irrestrita é a Sua bondade.
O céu existe, o inferno nós mesmos o tecemos, criamos, mas por meio de amor e do entendimento espiritual alcançaremos o nosso universo -- basta que o projetemos dentro de nós mesmos. 


(homenagem  á  amiga  Simone  e ao filho  Dédinho, que  agora  vive  com  os  Anjos  do  Senhor)

Nenhum comentário:

Postar um comentário

DEIXE AQUI SEU COMENTÁRIO:

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.

Seguidores