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sábado, 16 de novembro de 2013

AFINAL, O QUE É PSICOGRAFIA?


Afinal, o que é psicografia?

A psicografia é um dos meios de comunicação utilizados pela espiritualidade para poder expressar-se com os vivos da Terra, pela escrita, através de uma pessoa que seja médium escrevente ou psicógrafa.

Conheça as modalidades:

Psicografia intuitiva: na mediunidade intuitiva, como o próprio nome diz, o “Espírito não atua diretamente sobre a mão do médium para escrever, mas sobre a alma. A alma, sob esse impulso, dirige a mão e a mão dirige o lápis”. O pensamento do Espírito é passado ao médium, cujo crivo depende exclusivamente dele - o médium (considerado como aparelho) -, em aceitar ou não o que lhe é transmitido. Muitas vezes o medianeiro emprega recursos pessoais, no que diz respeito ao seu conhecimento do vernáculo, para montar, adequar e expressar, no papel, o sentimento e os esclarecimentos prestados pela entidade. O Espírito sugere e o médium executa.

As palavras até poderão ser outras, mas o conteúdo da mensagem deve ser aquele pretendido pelo Espírito comunicante.

Psicografia semimecânica: aqui, o médium tem quase totalmente a consciência do que escreve. O controle do braço, através do sistema nervoso, não é completo por parte do Espírito comunicante, mas é parcialmente por ele coordenado.

Psicografia mecânica: já, nesta situação, o controle do Espírito comunicante é total. Ele assume os movimentos do braço e da mão, movimentando-os de acordo com seu interesse e necessidade, imprimindo a velocidade que pretender, sem que haja qualquer controle ou interferência do médium, que participa na condição de aparelho receptor. O Espírito não lhe fala nem lhe sugere, apenas escreve. A independência do médium em relação a essa modalidade de psicografia é tão forte, que ele, em havendo permissão para isso, poderá até entabular conversação com uma terceira pessoa, alheio ao que se passa consigo na psicografia, pois os movimentos para a escrita pertencem ao Espírito, que tudo controla.

Este é o caso em que a escrita e a assinatura obedecem naturalmente os traços de origem de quem transmite a mensagem.

A psicografia é um recurso prático e reconhecidamente o mais comum, inclusive da parte dos Espíritos, que dela se utilizam com a frequência e precisão necessárias.

Francisco Cândido Xavier (1910-2002), mineiro da cidade de Pedro Leopoldo, foi um dos mais consagrados médiuns brasileiros, e o que mais se dedicou aos sagrados momentos em que recebeu, do outro lado da vida, comunicações das mais diversas.

O mentor espiritual de Chico, que num desses felizes momentos, lhe disse que a ligação de ambos se perdia no tempo, assim se expressou: “Tenho seguido sempre os teus passos e só hoje me vês, na tua existência de agora, mas os nossos Espíritos se encontram unidos pelos laços mais santos da vida e o sentimento afetivo que me impele para o teu coração tem suas raízes na noite profunda dos séculos...” [1], permanecendo junto a esse dedicado médium por um longo período, praticamente 75 anos dos 92 que esteve conosco.

Identificado pelo nome de Emmanuel, esse Benfeitor chegou a orientar seu tutelado quando este participava de reuniões de materialização, para que permanecesse preparado, sim, mas para trabalhos relacionados à psicografia.

E foi o que de fato ocorreu com Chico Xavier. Dedicou-se integralmente a esse belo trabalho de comunicação com o Mundo Invisível, circulando entre cá e lá em certos momentos especiais, como ele mesmo dizia.

Ao todo, foram pouco mais de 400 obras editadas, estando o médium ainda presente. E embora muitos estranhem os lançamentos feitos após a sua partida, em 30 de junho de 2002, essa situação justifica-se, uma vez que Chico recebia dos Espíritos informações que, no devido tempo, poderiam ser tornadas públicas, no todo ou ao menos parte delas, como temos visto em inúmeras obras novas.

A psicografia teve seu papel respeitável nos tribunais do país quando contribuiu para afastar a névoa impeditiva ao esclarecimento de tristes casos de homicídios, trazendo à luz informações desconhecidas, mas precisas. Somente pela mão de Chico Xavier, são atribuídos 7 dos 9 casos de mensagens registradas, que auxiliaram os jurados, os juízes e o próprio Ministério Público, encarregado de proceder à acusação, a reconhecer o farto, respeitável e convincente material apresentado para cada caso específico.

Mas foi na generosidade e no amparo aos corações debilitados pela ausência de entes queridos arrebatados pela morte que Chico Xavier abriu seu coração caridoso e dedicou horas e horas de cada dia em benefício do próximo, serenando a dor e o sofrimento deixados no ambiente familiar.

Foram editados mais de 100 livros com mensagens mediúnicas contendo apenas cartas aos familiares que clamavam por contato com o ente amado que os deixou por força maior. Além desse montante citado, incontável número de psicografias – algumas longas e outras resumidas, bilhetes até – foi entregue diretamente aos interessados presentes às reuniões, sem que fossem somadas aos trabalhos editados, na verdade, milhares delas, não anotadas para edição futura. Em suas viagens, onde o médium se fazia presente, as psicografias ocorriam em abundância.

Muito embora Chico Xavier tenha deixado muito claro que “o telefone somente toca de lá para cá”, há um grave equívoco da parte de leigos e até de algumas Casas Espíritas, no que diz respeito ao prazo ou ao período em que se pode pleitear uma mensagem desse outro lado da vida.

Na verdade não há, por assim dizer, prazo ao qual esteja sujeito o tempo favorável a esse contato. Não há vencimento nem prescrição nesse sentido.

Um Espírito, ao deixar o ambiente terreno através do processo da morte, somente alcançará em breve tempo o confortável sentimento de paz se estiver equilibrado e em harmonia com as alterações que ocorrem nesse difícil momento da vida de cada um.

Mas, independente das condições individuais, há comprovações deixadas por Chico Xavier mostrando que as mensagens podem ocorrer em qualquer época, tempo ou momento da vida.

Não somos nós que delimitamos o espaço de tempo aceitável para esta conquista, não nos esquecendo, porém, do lembrete de Chico Xavier: “o telefone somente toca de lá para cá”.



[1] Emmanuel, de Emmanuel, por Chico Xavier – FEB.

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