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terça-feira, 3 de novembro de 2015

UM APELO DOS DESENCARNADOS AOS QUE FICAM:






Muitos encarnados clamam desesperadamente pelos que partiram, vertendo lágrima de fel, quando não acalentando ideias de suicídio na enganosa ilusão de reencontrá-los. (...)

Há muito desassossego na vida psíquica dos desencarnados, toda vez que os
familiares não aceitam a separação ou procuram vingança, nos casos de desencarnação por assassinato, alimentando os sentimentos inferiores muitas envolvidos nesse processo. (...)

Inúmeros outros comunicantes falam da dificuldade de adaptação ao mundo
espiritual por causa da perturbação dos familiares. Esse desequilibrio, muitas vezes intenso, não lhes permite a própria renovação no plano em que se encontram.

Vamos destacar alguns trechos das cartas dos desencarnados nos quais solicitam a compreensão dos familiares diante da separação. São pontos muito úteis para o nosso próprio preparo diante da morte:

(1) “Vejo seu rosto sem parar, todo banhado em lágrimas sobre o meu e sua voz me alcança de maneira tão clara que pareço carregar ouvidos no coração.
Ah, Mamãe! Eu não tenho o direito de pedir ao seu carinho mais que sempre recebi, mas se seu filho pode pedir mais alguma coisa à sua dedicação, não chore mais.”
(Alberto Teixeira através de Chico Xavier )

(2) “As lágrimas com que me recordam, caem no meu coração por chuva de fogo, (...), o pensamento é uma ligação, que ainda não sabemos compreender.
Quando estiverem com as nossas lembranças mais vivas, comemorando acontecimentos, não se prendam à tristeza. (...) Posso, porém, dizer-lhes que estou com vocês dois, assim como alguém que carregasse no ouvido um telefone obrigatório. Não estou em casa, mas ouço e vejo quanto se passa.
Nosso amigos daqui me esclaressem que isso passará quando a saudade for mais limpa entre nós. Saudade limpa!. Nunca pensei nisso! Mas dizem que a saudade que se faz esperança no coração, é assim como um céu claro, mas a saudade sem paciência e sem fé no futuro é semelhante a uma nuvem que se
prende com a sombra e tristeza aqueles que dão alimento na própria alma.”
(Marilda Menezes através de Chico Xavier)

(3) “Estou presente, rogando à senhora que me ajude com a sua paciência.
Tenho sofrido mais com as suas lágrimas do que mesmo com a libertação do corpo. Isso porque a sua dor me prende à recordação de tudo o que sucedeu. E quando a senhora começa a perguntar como teria sido o desastre, no silêncio do seu desespero, sinto-me de novo na asfixia”.
(William José Guagliardi através de Chico Xavier )

“Evidentemente que não vamos cultivar falsa tranquilidade, considerando natural que alguém muito amado parta para o plano espiritual. Por maior que seja a nossa compreensão, com certeza sofreremos muito. No entanto, devemos manter a serenidade, a confiança em Deus, não por nós mesmos, mas sobretudo em benefício daquele que partiu. Mais do que nunca ele precisa de nossa ajuda, e principalmente de nossas orações.”

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