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domingo, 19 de abril de 2015

ESTA MULHER ESCREVEU O SEU PRÓPRIO OBITUÁRIO ( E VAI FAZER VOCÊ PENSAR SOBRE A PRÓPRIA VIDA):






Uma professora da Flórida, que morreu no mês passado, deixou para trás uma lição final: como dizer adeus.

Emily Debrayda Phillips, 69 anos, morreu em 25 de março, depois de uma breve batalha contra um câncer de pâncreas. Ela escreveu o seu próprio obituário poucos dias após o seu diagnóstico, em 24 de fevereiro, deixando para trás um relato inspirador, comovente e francamente engraçado de suas memórias da infância, momentos em família e, até mesmo, alguns pedidos de desculpas.

" É doloroso admitir, mas, aparentemente, eu já morri", escreveu a ex rainha da beleza. “Todo mundo me disse que isso aconteceria um dia, mas era algo que eu simplesmente não queria ouvir, muito menos vivenciar. Mais uma vez as coisas não saíram do meu jeito! Essa tem sido a história de toda a minha vida."

( Leia o obituário completo no Legacy.com.)

Bonnie Upright, filha de Phillips, disse ao The Huffington Post, via e-mail, que sua mãe lhe pediu para ler a obituário logo depois que ela escreveu, mas a notícia do diagnóstico ainda era muito recente.

Cerca de duas semanas antes de sua morte, Phillips perguntou novamente. "Como você diz à sua mãe, prestes a morrer, que não?" disse Upright. "A resposta é: você não diz."

Então Upright e sua família ouviram sua mãe ler o seu próprio obituário. "Sinceramente, foi um dos momentos mais especiais da minha vida" disse Upright. "Ouvir a minha mãe contar a sua história, com suas próprias palavras e na sua voz, é muito valioso. Nós rimos nos momentos certos e choramos quando ela terminou".

Um momento inesquecível foi um pedido de desculpas aos seus filhos, especialmente à Upright, por ter feito ela usar jeans "basicões" quando criança.

Upright disse que esses jeans se tornaram uma brincadeira comum na família. Não ter a calça jeans de Gloria Vanderbilt "pode ter sido a maior tragédia da minha infância", brincou. "E eu ainda me sinto mal por isso."

Phillips escreveu extensamente sobre a sua família, seus pais, avós e filhos. E, claro, seus netos, que sempre queriam que ela "desse
umas palmadas" sempre que ela ia visitar.

"Eu conquistei o recorde mundial de ‘Palmadas’, um título que eu uso com orgulho", escreveu Phillips. Em outro momento memorável, Phillips resumiu sua vida em sete palavras: "Eu nasci; eu pisquei; e já era."

"Não existem prédios com meu nome; nem monumentos feitos em minha homenagem", escreveu ela. "Mas eu TIVE a oportunidade de conhecer e amar a todos e cada um dos meus amigos, assim como todos os membros da minha família. Uma pessoa pode ser mais abençoada que isso?"

No fim, Phillips pode ter se enganado sobre o seu legado. Com a sua história viralizando na internet, e relatórios sobre o obituário aparecendo nos noticiários em todo o país, ela tem agora um monumento digital duradouro. Upright disse que a atenção que recebeu foi "muito além dos nossos sonhos."

"Eu não poderia estar mais orgulhosa dela", disse Upright. "Sua vocação era ser professora e por isso, durante muitos anos ela impactou a vida de centenas de crianças. Mas, no fim esta é a lição que ela deixou aos adultos, que pode ser a mais memorável de todas."

Upright disse que a cobertura na mídia do anúncio da própria morte "teria surpreendido sua mãe para caramba [Phillips] ... e ela teria recebido isso com modéstia, mas ela ficaria superanimada. Nós até brincamos que era digno do NY Times – mas jamais, nem em um milhão de anos, pensamos que o texto teria chegado onde chegou"

Ainda que o obituário não tenha chegado ao New York Times (ainda), tem sido destaque em sites tão variados como o Good Housekeeping e a Revista Time.

Mas, com o humor único de Phillips, na face da morte, não é difícil perceber porquê. Aqui estão os momentos finais, inesquecíveis – e divertidos – do obituário:


Se você quiser, você pode me buscar no pôr do sol ou com os primeiros narcisos da primavera ou entre o esvoaçar das borboletas. Você sabe que eu estarei presente, de uma forma ou de outra. É claro que, provavelmente, isso vai consolar alguns, ao mesmo tempo que antagonizar outros, mas você me conhece ... é o que eu sei fazer.

Eu vou deixá-los com isto... por favor, não chorem porque eu parti; em vez disso fiquem felizes de eu ter estado aqui. (Ou talvez chorem um pouquinho. Afinal de contas, eu já não estou mais aqui).
Este artigo foi originalmente publicado pelo HuffPost US e traduzido do inglês.

Hoje eu estou feliz e estou dançando. Provavelmente nua.

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