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terça-feira, 6 de outubro de 2015

COMO LIDAR COM AS PERDAS?






Quem de nós já não viveu uma situação de perda?

Com certeza todos já passamos por ela.

Pode ter sido a perda de um ente querido por falecimento, por viagem, por separação, por ausência da consciência, por uma desavença, ou até mesmo a perda da saúde, perda do emprego, perda do funcionamento de algum órgão do corpo, perda de um animal de estimação, perda da liberdade, perda de um objeto de estimação, perda da identidade, perda da fé, dentre tantos outros. Perder faz parte do ciclo normal da vida!

A primeira perda que o ser humano sofre é a perda daquele lugar aconchegante e protetor que é o útero materno. Mas como sobreviver se não abandonarmos o útero de nossa mãe? Para que a vida possa ter continuidade é necessário que o cordão umbilical seja cortado.

Isto nos leva a uma reflexão muito importante: só podemos viver, progredir, conquistar o mundo na medida em que abandonamos determinados lugares, situações, pessoas, princípios e conceitos.

A liberdade é algo que conquistamos à custa do enfrentamentos de novas situações e do "abandono" de outras que nos incomodam ou nos viciam.

Ao longo da nossa vida vamos "perdendo" uma série de coisas e conquistando outras. Alguns exemplos: perda do seio materno em troca da mamadeira e desta para nossa autonomia em nos alimentar. Perda do colo confortável da mãe para aprendermos a andar sozinhos e chegar onde quisermos, independentemente.

Para cada perda, há sempre um ganho!

Na vida tudo é passageiro, exceto nosso espírito, pois este é eterno. Porém, muitas vezes nos apegamos por demais à existência material, acumulando bens, pessoas, e consequentemente, não gostamos quando as circunstâncias nos levam a separar delas.

É inevitável! Este é um assunto que a maioria das pessoas não gosta, mesmo aquelas que dizem que "a única certeza que a gente tem da vida é a morte".

O ser humano briga, ofende e até mata pelo apego, pelo orgulho, pelo excesso de vínculo material, pela sede de poder.

O apego é uma característica inerente ao ser humano, porém, em nosso caminho evolutivo a vida nos "ensina" a trabalhar o desapego, mesmo por entre dificuldades.

É tão bom querer bem e ser querido, amar e ser amado!

O que fazer com o apego? Me apego e corro o risco de sofrer quando houver uma separação? Não me apego para não sofrer? O que fazer?

O Budismo prega o não-apego às coisas e às pessoas, mas sim à essência ao bem que elas produzem. Compreender o "caminho do meio" é o mais recomendável. Radicalismos são sempre prejudiciais. Então concluímos, que querer bem, amar, ser amado e querer estar ao lado de quem gosta nos traz paz e felicidade, desde que respeitemos certos limites.

E no caso de uma perda, de uma separação, o que ocorre?

Há uma série de reações que são normais diante de qualquer perda que sofremos. A este conjunto de reações podemos chamar processo de enlutamento:

1) Choque: é o abalo , o desespero e atordoamento, entorpecimento, confusão que nos acomete ao receber uma notícia de perda. Daí podemos reagir com apatia ou com agitação.

2) Negação: é a descrença na notícia ou no fato. A pessoa não acredita no que aconteceu. Trata-se, aqui, de uma defesa psicológica para fortalecimento da pessoa para ela poder dar continuidade.

3) Ambivalência: é a dúvida que a pessoa fica entre a aceitação e a não aceitação da notícia ou do fato.

4) Revolta: aqui a pessoa já acreditou na notícia ou no fato e fica revoltada com a situação, com as pessoas e até mesmo com Deus.

5) Barganha: é uma tentativa de conseguir de volta aquilo que foi perdido. Geralmente esta reação é dirigida a Deus.

6) Depressão: é uma profunda tristeza, que varia de acordo com o tipo e intensidade de apego que a gente tem com a pessoa ou situação de perda.

7) Aceitação e Adaptação: é quando a pessoa percebe que a perda é irreversível, mas sabe que a vida precisa continuar.

De uma forma ou de outra, todos passamos por algumas ou todas estas fases quando perdemos algo ou alguém. Por esse motivo, se faz necessário trabalhar do modo sincero a dor da separação, para que futuramente não venhamos a somatizá-la e corrermos o risco de transformá-la em algum tipo de trauma ou doença.

É muito importante que entendamos e aceitemos que há tempo de sorrir e há tempo de chorar, assim como há tempo de nascer e há tempo de partir.

O luto pelas perdas que sofremos na vida precisa ser vivido de acordo com as crenças e valores culturais, religiosos e pessoais de cada um.

Negar a dor de uma perda é como negar a própria vida. Perder dói, mas é um sofrimento que tem cura.

Fonte: Internet
Postado por FRATERLUZ - Fraternidade Espírita Luz do Cristianismo

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